segunda-feira, janeiro 15, 2007

O HOMEM DO LEME


SPORTING. Para as mentes mais preocupadas com a minha escassez de comentários ao empate do Sporting em Belém, onde o Benfica, por exemplo há dois anos, levou 4-1, devo dizer que apenas não disse nada devido à minha óbvia tentativa de não falar de desporto -- ou pelo menos não falar muito -- por aqui. Aos que me conhecem pode parecer estranho devido à minha profissão. Mas é mesmo devido a isso que tento abster-me de grandes conversas sobre futebol. Naturalmente falarei mais depressa das vitórias do Sporting do que das derrotas ou dos empates, mas posso esclarecer já uma coisa. Só há dois estilos de derrotas que me irritam: Quando o Sporting é roubado, como aconteceu com o Paços de Ferreira, ou perder com o Benfica, por ser o clube que menos gosto. Não sou um anti-lampão primário, antes pelo contrário, pois sou amigo de vários e torço pelo Benfica nas taças europeias. Mas habituei-me desde pequeno a sentir no derby a atracção do jogo mais especial da temporada, aquele que motivava brincadeiras de parte a parte, discussões acaloradas ou até pancadaria. Ou seja, um empate com o Belenenses, com esta idade e tantas derrotas vividas, é coisa de somenos importância.

Felizmente, a deslocação ao Restelo teve outras contrapartidas. A melhor de todas, o passar a noite com amigos tantas vezes arredios. O Rui Martins, baixista dos Kaganisso, um dos fundadores da Juventude Leonina, louco de profissão, ultra para sempre e o meu melhor amigo. O Rui Punk, um espécime daqueles difíceis, hoje o homem dos piercings na Bad Bones Tattoo's, um amigalhaço dos especiais, tantas são as horas vividas de cerveja na mão no Bairro Alto, de coração apertado em Alvalade ou a discutir esquerda e direita, pois é o meu amigo mais fascista, apesar do coração de ouro. E o Marco, outro best friend, que devido à filhota ainda recente havia deixado de aparecer nestas andanças. A Sandra deu-lhe soltura e ele lá foi connosco, numa noite que começou no Restelo, passou pelo Culto, rodeou o Bikini Club e ainda teve tempo para um belo bifinho à portuguesa quando o relógio marcava quase quatro da manhã. E porque não?

PS - Não comi os célebres natas, até porque o Sporting não mereceu. A noite era de cerveja, companhia, música e política. Sabe bem estar com aqueles gajos. São sangue quente. Dos que nos fazem sentir bem. Capazes de tudo. Já passámos por muito. Coisas que gostamos de lembrar, outras que preferimos esquecer. Faltou o Blood Brother para o círculo da vida ficar completo. Outras oportunidades haverá!
PS1 - Marchas como a de cima, eram responsabilidade do Martens, a alcunha do animal na altura, provavelmente devido às botas... que eram sempre iguais.

PS2 - Olhe, são 62 natas, se faz favor...

3 comentários:

Meideprak disse...

Deviaa ter passado em Santa Apolónia, solicitavas um móvel

Anónimo disse...

o q é o bikini club?

Anónimo disse...

slb