sexta-feira, janeiro 30, 2009

MISSING

Tenho saudades disto. Muitas.

terça-feira, janeiro 27, 2009

GOSTO DISTO

Mogwai - I Know You Are But What Am I ?

A simplicidade tem destas coisas. Gosto de Mogwai. Sempre gostei. Não é uma banda para todos os dias, muito menos para todas as horas. Mas têm qualquer coisa. Aquele qualquer coisa que faz valer a pena perder tempo com uma banda fora do vulgar. Vou tentar ir vê-los em Lisboa.

KARPE DIEM

OS Karpe Diem têm novo disco, nova imagem, entram no novo ano. Convido-vos a conhecer tudo isto em http://www.karpediem.org/, o também novo site, uma vez mais da responsabilidade do David Monge. Não custa nada.

CAMA NO CHÃO

O vídeo oficial. Produção e realização: David Monge.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

terça-feira, janeiro 20, 2009

PORTUGAL MAIS POBRE

Foi ontem, no hospital da Luz, em Lisboa. João Aguardela, músico do grupo Sitiados nos anos 90 e, actualmente, membro do colectivo A Naifa, faleceu aos 39 anos, de cancro. A cerimónia fúnebre é amanhã, pelas 16h00, no cemitério do Alto de São João, em Lisboa.
Aguardela fundou os Sitiados em l987, liderando, cantando e tocando baixo. Foi com esse projecto que começou a dar nas vistas na década de 90. Desde cedo ficou explícito que a sua ideia era combinar música tradicional portuguesa com linguagens como o rock ou a pop, um desígnio de fusão que nunca abandonou, como se constataria mais tarde com A Naifa e Megafone. O músico Jorge Buco esteve com ele desde o início. “Trabalhei com ele 17 anos, era espontâneo, criativo, sempre insatisfeito. Com ele, ou era para fazermos alguma coisa nova ou mais valia estarmos quietos. Tive a felicidade de ajudá-lo a pôr de pé muitas dessas ideias.”
O amigo, e guitarrista dos Xutos & Pontapés, Zé Pedro, recorda-se dos primeiros tempos dos Sitiados. “Tiveram uma entrada de rompante e foram uma lufada de ar fresco”, diz, ao mesmo tempo que recorda alguém que “era entregue à causa” da música e que, em palco, era um “frenesim, aquilo a que se chama um 'animal de palco’.”
“Deixa um grande legado para a música portuguesa”, afirma Carlos Moisés, cantor dos Quinta do Bill, da mesma geração que Aguardela, tendo gravado com ele Senhora Maria do Olival, para a antologia Filhos da Nação. “Teve um percurso singular, experimentando música tradicional portuguesa com outras roupagens. Tinha paixão pelo tradicional, mas vivência urbana”, diz, lembrando que quando começou Aguardela tinha 17 anos. “Era o mais novo de nós. Tinha um lado interventivo, inconformado.”
Em 1992, os Sitiados editaram o álbum homónimo de estreia com o tema "Vida de marinheiro", que conheceu enorme sucesso, conseguindo que o grupo vendesse cerca de 40 mil exemplares. O segundo álbum, "E Agora?", é editado no ano seguinte e em 1994 a banda integra o projecto de tributo a José Afonso, Filhos da Madrugada. O "Triunfo dos Electrodomésticos", em 1995, Sitiados, em 1996, e "Mata-me Depois", em 1999, foram os álbuns que se seguiram. Em 2000 dão por encerrado o grupo. Para além dos discos, distinguiam-se pelos concertos foliões e por letras onde não se coibiam de comentar a realidade social portuguesa. Uma das suas canções mais emblemáticas, "A cabana do pai Tomás", apesar do tom de fábula, era sobre o escândalo Taveira.

Um ouvido no tecno, outro no folclore

Em 1996, numa entrevista ao PÚBLICO, Aguardela interrogava-se “porque raio não há em Portugal música de dança de raiz popular?”, numa alusão ao facto de haver quem não aceitasse que combinassem tipologias tecnológicas, como o tecno ou rap, com folclore. Esse foi sempre o seu propósito. O projecto solitário, Megafone, voltava a denunciá-lo. O álbum homónimo, de 1997, era uma selecção de electrónicas acopladas a recolhas etnográficas – feitas por José Alberto Sardinha e Michel Giacometti – de cantos tradicionais. Era também uma aposta pessoal de Aguardela, que acreditava – antes do assunto se ter banalizado – que era possível lançar discos à revelia das editoras. Os três álbuns seguintes de Megafone seguiram os mesmos pressupostos, misto de cidade e campo, música popular e urbana, actualização de recolhas de música tradicional portuguesa por via electrónica. “Às vezes sinto que sou tradicional demais para o meio pop e que sou pop demais para o meio tradicional”, dizia ao PÚBLICO em 1997, a propósito de Megafone. A sua outra obsessão era a palavra. Em 2002, na companhia de Luís Varatojo, e uma série de vocalistas convidados, criou o projecto Linha da Frente, na tentativa de musicar poetas. Entre essas vozes estava a de Viviane (ex-Entre Aspas) que recorda que “tinha uma forma inovadora de fazer música”, realçando que “deixa um vazio difícil de preencher porque associava, como ninguém, a cultura portuguesa com coisas recentes”.
Como consequência dos Linha da Frente, nasce em 2004 A Naifa, ao lado mais uma vez de Varatojo, com palavras de poetas portugueses para guitarra portuguesa e voz de fado melancólica sobre ritmos electrónicos lânguidos. Com três álbuns – o último dos quais é "Uma Inocente Inclinação Para o Mal" de 2008 – o projecto impôs-se, apostando na recriação do fado, sacudindo mais uma vez as raízes e as memórias portuguesas. Porquê essa obsessão? Talvez por isto: “se me perguntasse: 'gostava que Portugal fosse diferente?’ Sim, gostava, não me contento com o que é”, dizia ao PÚBLICO há dois anos.

Retirado do PÚBLICO.

E retirado do Público porque me faltam as palavras para descrever o que sinto com o adeus do Aguardela. Fez, criou, inovou, agitou, com qualidade, com inteligência, com carinho, com destreza. Era um gajo diferente. Era cliente do Culto. Tinha bom gosto. Um animal de palco. E de estúdio também. Força, João!

quinta-feira, janeiro 15, 2009

O REI ESTÁ VIVO!

MUITO bom o novo single dos Xutos & Pontapés. Altamente recomendável mesmo. Grandes guitarras, sem "pisarem" a voz do Tim, boa letra, um tema longe da festa habitual que costuma ser a canção orelhuda dos Xutos escolhida para single. Confesso-me surpreendido. Já não via esta garra contida de que tanto gosto nos Xutos há muito tempo. Desde os anos 90 provavelmente. E bom video. A ver no You tube ou no Maccoirato. Simples e concisos. A melhor banda de rock portuguesa de sempre está viva. E isso fez-me ganhar o dia.

PS - Adoro a guitarra do Cabeleira na tal paragem à KD. Um orgasmo. Estou contigo, David.

sábado, janeiro 10, 2009

FROM THE HEART

THE MISSION - TADEUSZ. Se só pudesse escolher uma... talvez esta. Já me acompanhou em tantas noites...

OS MEUS DISCOS 1

Ryan Adams: So Alive [The Late Show]. Já tem uns anos. É o meu disco preferido do Ryan Adams. Boas guitarras, o cabrão canta bem e esta música tem qualquer coisa...

SUGESTÃO

Na onda pop foleira de que tanto gostei nos anos 80, estes M83 são dignos sucessores de tempos já passados. Gosto. Bastante. Uma banda irregular mas capaz de grandes momentos. Às vezes sabe tão bem comer pastilha elástica...

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Escape With Romeo - Somebody

A versão original. Sempre me levou à lua. Tem aquela magia inexplicável dos temas que nos tocam mais do que deviam. Brutal.

OBRIGADO BLOOD BROTHER

Escape With Romeo (Somebody) Acoustic version.

Há pequenas jóias de que nos vamos esquecendo pelo caminho. Felizmente há quem nos recorde que elas existem. E com isso ganhamos o dia. Obrigado. Também pelo elogio. Soube-me bem.

terça-feira, janeiro 06, 2009

QUALIDADE

Jane Eyre 2006 Trailer. Tem o selo de qualidade da BBC. Uma série notável. A ver os dois últimos episódios no próximo domingo. Baseada no romance da novelista britânica Charlotte Brontë. Uma delícia.