sexta-feira, setembro 29, 2006

MAIS UM GRANDE PALCO


I LOVE THIS GAME!. A 5 de Outubro vou ter a oportunidade de pisar mais um grande palco do nosso país. Curiosamente, o trabalho é tanto que ainda não consegui sentir nada de especial em relação a isto. Sei que é bom, que estou feliz, mas não tanto como pensava. Ainda.
O facto de o fazer com os KARPE DIEM não deixa de ter piada. As minhas expectativas em relação à banda nunca foram altas. Mas é um facto que a nossa relação próxima com os UHF nos tem permitido experiências para mais tarde recordar. E que temos melhorado muito com o tempo. Vamos ver onde isto nos vai levar. Entrei para os KD a convite do Moas e porque achei que eles eram uma família porreira, responsável, que me ia permitir continuar a tocar sem me chatear muito. Hoje temos marcado o Coliseu. E músicas que me dão orgulho tocar. Prazer, então, nem se fala. Tudo aquilo que fazemos com paixão só pode melhorar. Às vezes tenho pena de não ter tempo para também eu poder progredir. Mas começa a ser tarde. E a minha vida não é isto. Este é, sim, o hobby da minha vida. Os KD que me perdoem. Dificilmente virei a ser melhor. Como diz o outro. What you see is what you get...

A brincar, a brincar, depois do Coliseu, dos palcos todos que queria pisar em Portugal, fica-me a faltar apenas o Pavilhão Atlântico. Não é nenhuma obsessão. Antes pelo contrário. Gosto mais de concertos como os do Culto, em nome próprio, intimistas, do que primeiras partes propriamente ditas. Mas a verdade é que abrir para públicos maiores do que estamos habituados aumenta sempre a adrenalina. E ambientes como o que vivemos com os Mission no Hard Club são diferentes. Não há nada como tocar para públicos que sabem o que estão a ouvir. Que estão habituados a ser confrontados com novos projectos. Quando consegues conquistar um público assim, é porque algum valor deves ter.

Aula Magna. Grande Auditório do CCB. Pequeno Auditório do CCB. Johnny Guitar. Hard Club. Expo. Festivais. Agora o Coliseu. Entre muitos bares, festas populares, festas de amigos e pátios de liceu. Muitos concertos, muitas noites de copos, muitas bandas diferentes. Mais. Muitas horas roubadas à família. Muitas correrias depois de sair do jornal. Muitos atrasos que os KD são obrigados a perceber. Muitos sacrifícios em nome do Rock. Sacrifícios? Não, não é verdade. E quem me conhece, a Sara, por exemplo, sabe que (felizmente ou infelizmente) para mim é tão importante duas horas de ensaio que me permito estragar todo e qualquer fim-de-semana em família para poder dar um salto à combola do rock, como lhe gosta de chamar o nosso Zé Pedro.

Olho para trás e vejo que já passei por algumas bandas. À memória vêm sempre os Kaganisso. É óbvio. Por alguma razão gosto do Rui como de um irmão de sangue. Foram passados aí alguns dos melhores anos da minha vida. Os da irresponsabilidade total. Que saudades.

Mas houve também os Som Rebelde. Os Cello. Os Kaganisso já com o Cassapo na voz, que nunca saíram da garagem. Os Blue Angels, com o Careca, para a obtenção de um contrato discográfico. Os ensaios com o pessoal dos Tom Cat. Os ensaios e concertos com os Nau Frágil, de Almada. (Onde andas tu, Pedro?). As experiências rock com o grande João Pedro dos Culatra. Os ensaios e o concerto na Aula Magna com o Chico Mendes, o Pernes e o Marco, lembro-me agora... hehehe. E os concertos com os Ibauty - seria assim que se escrevia? Que noites. Que dias.



KD - 5 de Outubro - Coliseu do Porto. 1.ª parte dos UHF

segunda-feira, setembro 25, 2006

NOVO BLOG


NEW. Meus caros, aderi a um novo blog que vai falar de... não sei bem de quê. Das noites no Culto, das noites de Culto, das noites da nossa vida. Copos, vivências e quejandos. Só para quem gosta de... copos e de amigos. Para todos os que passam por aqui, portanto. A ver em...

http://culto-club.blogspot.com

PS - Atenção, o companheiro de luta será o Jagunço... ou seja, espera-se o pior. Bebedeiras, muitas, claro.

sábado, setembro 23, 2006

BOA SORTE!


UHF. Uma das bandas históricas do nosso país toca hoje à noite no Coliseu de Lisboa. Um prémio merecido para uma formação que vai para a estrada com alma de rock e dá tudo o que tem em palco. Tenho pena de não poder estar presente, mas estarei... em espírito. Boa sorte aos Antónios, ao Nando e ao Iván. Porque eles merecem. E nós tembém. Um grande abraço!

quarta-feira, setembro 20, 2006

OBRIGADO

AMIZADE. É bom ter amigos assim. É bom ter amigos que apesar de serem figuras públicas não nos esquecem. E que tratam os nossos assuntos como se eles fossem tão importantes como os outros. Os que realmente os preocupam. Sabe bem. Pois é, Moás, a resposta já cá está. Tu também mereces.

"Hi Bernardo,

It was really good to see you last week in Madrid. Thank you for coming all that way...
I heard from Graham that you all had a good night drinking in a bar until 4am... And you must've been really happy the next day when Sporting beat Inter... I thought of you when I heard that score...
OK, I've had a listen to your CD... For what it's worth here are my thoughts as you asked for..."

O resto, claro, só diz respeito ao Karpe Diem. Thanks.

terça-feira, setembro 19, 2006

TRISTE SINA


EXAGERO. Pode ser. Mas às vezes parece verdade. Não é, porque nos Estados Unidos existe uma imensa minoria que não é assim e que também odeia o Bush. O actual estado de coisas leva a pensar. E a desesperar. As notícias das mortes no Iraque e no Afeganistão já nem nos levam a parar. E acontecem todos os dias.

quinta-feira, setembro 14, 2006

ELES EXISTEM








GÉNIOS. Confirma-se. Eles existem. Muitos vão trabalhar para o mundo da publicidade. São artistas de excelência que passam ao lado do reconhecimento público. Felizmente encontram-no nas contas bancárias e no seu meio. Mas obras destas merecem homenagem. Esta, pequena, é para eles.

quarta-feira, setembro 13, 2006

BACK IN ACTION


HEROES. Talvez inspirado pela visita a Madrid, ou apenas porque sim, acho que heróis são aqueles que conseguem passar pela vida sabendo tirar dela o maior prazer possível. Por sorte, por convicção, porque a vida é assim. Naturalmente, esta é a perspectiva de um europeu com vida familiar organizada, salário digno, emprego, etc... Provavelmente não é perspectiva possível para um africano, sul-americano ou mesmo asiático explorado, vivendo em situações abaixo do degradante, em que a única alegria do dia, se calhar, é estar vivo. Ou nem isso.
Estas mini-férias foram sensacionais. Como dizia ao Moás na viagem a Madrid, sei que hoje por hoje sou um homem de sorte. Foram 12 dias de sonho. 10 passados em família, fantásticos para matar as saudades da Sara e dos miúdos, num Algarve ainda cheio de segredos e pequenos prazeres para quem os sabe procurar. Depois uma surtida a Madrid para ver mais um concerto do Wayne. Aí, se bem que o convívio com o homem e as (muitas) cervejas bebidas tenham sido de um prazer sublime, o melhor foi ver o sorriso na cara de um menino que parecia estar a viver um sonho no backstage da Sala Caracol. Sim, foi bom ver aquele brilhozinho nos olhos. E a alegria pela foto. Para mim, o ponto alto da viagem.
A amizade recomeçada com o Manuel (Manollo ou Almanzora para os amigos) e a iniciada com o Graham – mais um fanático pelo Liverpool – valeram por isso mesmo. Não há muitas coisas melhores do que partilhar noites de copos e conversa com amigos. De sempre ou ocasionais. Aquele indescritível bar em Atocha deu para tudo. E como se falou de bola...
O regresso foi coroado com uma ida ao estádio de Alvalade para ver os nossos putos darem uma lição ao Inter. David e Golias novamente em exibição num relvado perto de si. Tenho muitos amigos naquele clube. E gosto de os ver vencer. Por tudo.

PS – Heroes porque a colectânea comprada em Madrid serviu para reviver antigas memórias. E porque há mais um fã de Bunbury (um génio da música) pelas terras do Barreiro. E porque Heroes somos nós. Os felizardos que não têm medo de viver.