White Lies - 'Death' - live on Jools Holland
Poucas coisas há na vida que me dêm mais prazer do que descobrir bandas novas. Novas para mim, nem sempre para os outros. E quando gosto, quando gosto mesmo, mais do que ganhar o dia, ganho a semana, o mês, às vezes uma vida. Um dos casos mais recentes os Editors, que me lembro de ouvir muito antes de baterem nas rádios. De chatear os KD para ouvirem pois era uma grande banda. Ninguém ligava. Vieram ao Super Bock e actuaram no início do cartaz como se não fossem ninguém Sim, claro, as coisas rapidamente mudaram. Gozam hoje o estatuto que merecem. Como os Interpol.
Estes WHITE LIES são bons. Aliás, são muito bons. O baixo está lá, a bateria soa, o homem canta e aguitarra é competente qb. Pop inglês no seu melhor. Altamente recomendável.
sábado, fevereiro 07, 2009
O PRAZER DA DESCOBERTA
FALTA DE TEMPO
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
segunda-feira, fevereiro 02, 2009
OLHA ELA
ENTALADOS
"We have Barak Obama, Stevie Wonder, Bob Hope, and Johnny Cash!"
Respondem os portugueses:
"We have José Sócrates, No Wonder, No Hope, and No Cash."
domingo, fevereiro 01, 2009
VALE A PENA
Sometime Around Midnight - The Airborne Toxic Event (Official Video).
Uma banda recente, de Los Angeles, com qualquer coisa para mostrar. A certeza de que a América também tem boas bandas, principalmente quando parecem inglesas. Uma canção linda, poderosa, melódica e em crescendo como eu tanto gosto. O meu último vício.
sexta-feira, janeiro 30, 2009
terça-feira, janeiro 27, 2009
GOSTO DISTO
Mogwai - I Know You Are But What Am I ?
A simplicidade tem destas coisas. Gosto de Mogwai. Sempre gostei. Não é uma banda para todos os dias, muito menos para todas as horas. Mas têm qualquer coisa. Aquele qualquer coisa que faz valer a pena perder tempo com uma banda fora do vulgar. Vou tentar ir vê-los em Lisboa.
KARPE DIEM
segunda-feira, janeiro 26, 2009
terça-feira, janeiro 20, 2009
PORTUGAL MAIS POBRE
Aguardela fundou os Sitiados em l987, liderando, cantando e tocando baixo. Foi com esse projecto que começou a dar nas vistas na década de 90. Desde cedo ficou explícito que a sua ideia era combinar música tradicional portuguesa com linguagens como o rock ou a pop, um desígnio de fusão que nunca abandonou, como se constataria mais tarde com A Naifa e Megafone. O músico Jorge Buco esteve com ele desde o início. “Trabalhei com ele 17 anos, era espontâneo, criativo, sempre insatisfeito. Com ele, ou era para fazermos alguma coisa nova ou mais valia estarmos quietos. Tive a felicidade de ajudá-lo a pôr de pé muitas dessas ideias.”
O amigo, e guitarrista dos Xutos & Pontapés, Zé Pedro, recorda-se dos primeiros tempos dos Sitiados. “Tiveram uma entrada de rompante e foram uma lufada de ar fresco”, diz, ao mesmo tempo que recorda alguém que “era entregue à causa” da música e que, em palco, era um “frenesim, aquilo a que se chama um 'animal de palco’.”
“Deixa um grande legado para a música portuguesa”, afirma Carlos Moisés, cantor dos Quinta do Bill, da mesma geração que Aguardela, tendo gravado com ele Senhora Maria do Olival, para a antologia Filhos da Nação. “Teve um percurso singular, experimentando música tradicional portuguesa com outras roupagens. Tinha paixão pelo tradicional, mas vivência urbana”, diz, lembrando que quando começou Aguardela tinha 17 anos. “Era o mais novo de nós. Tinha um lado interventivo, inconformado.”
Em 1992, os Sitiados editaram o álbum homónimo de estreia com o tema "Vida de marinheiro", que conheceu enorme sucesso, conseguindo que o grupo vendesse cerca de 40 mil exemplares. O segundo álbum, "E Agora?", é editado no ano seguinte e em 1994 a banda integra o projecto de tributo a José Afonso, Filhos da Madrugada. O "Triunfo dos Electrodomésticos", em 1995, Sitiados, em 1996, e "Mata-me Depois", em 1999, foram os álbuns que se seguiram. Em 2000 dão por encerrado o grupo. Para além dos discos, distinguiam-se pelos concertos foliões e por letras onde não se coibiam de comentar a realidade social portuguesa. Uma das suas canções mais emblemáticas, "A cabana do pai Tomás", apesar do tom de fábula, era sobre o escândalo Taveira.
Um ouvido no tecno, outro no folclore
Em 1996, numa entrevista ao PÚBLICO, Aguardela interrogava-se “porque raio não há em Portugal música de dança de raiz popular?”, numa alusão ao facto de haver quem não aceitasse que combinassem tipologias tecnológicas, como o tecno ou rap, com folclore. Esse foi sempre o seu propósito. O projecto solitário, Megafone, voltava a denunciá-lo. O álbum homónimo, de 1997, era uma selecção de electrónicas acopladas a recolhas etnográficas – feitas por José Alberto Sardinha e Michel Giacometti – de cantos tradicionais. Era também uma aposta pessoal de Aguardela, que acreditava – antes do assunto se ter banalizado – que era possível lançar discos à revelia das editoras. Os três álbuns seguintes de Megafone seguiram os mesmos pressupostos, misto de cidade e campo, música popular e urbana, actualização de recolhas de música tradicional portuguesa por via electrónica. “Às vezes sinto que sou tradicional demais para o meio pop e que sou pop demais para o meio tradicional”, dizia ao PÚBLICO em 1997, a propósito de Megafone. A sua outra obsessão era a palavra. Em 2002, na companhia de Luís Varatojo, e uma série de vocalistas convidados, criou o projecto Linha da Frente, na tentativa de musicar poetas. Entre essas vozes estava a de Viviane (ex-Entre Aspas) que recorda que “tinha uma forma inovadora de fazer música”, realçando que “deixa um vazio difícil de preencher porque associava, como ninguém, a cultura portuguesa com coisas recentes”.
Como consequência dos Linha da Frente, nasce em 2004 A Naifa, ao lado mais uma vez de Varatojo, com palavras de poetas portugueses para guitarra portuguesa e voz de fado melancólica sobre ritmos electrónicos lânguidos. Com três álbuns – o último dos quais é "Uma Inocente Inclinação Para o Mal" de 2008 – o projecto impôs-se, apostando na recriação do fado, sacudindo mais uma vez as raízes e as memórias portuguesas. Porquê essa obsessão? Talvez por isto: “se me perguntasse: 'gostava que Portugal fosse diferente?’ Sim, gostava, não me contento com o que é”, dizia ao PÚBLICO há dois anos.
Retirado do PÚBLICO.
E retirado do Público porque me faltam as palavras para descrever o que sinto com o adeus do Aguardela. Fez, criou, inovou, agitou, com qualidade, com inteligência, com carinho, com destreza. Era um gajo diferente. Era cliente do Culto. Tinha bom gosto. Um animal de palco. E de estúdio também. Força, João!
quinta-feira, janeiro 15, 2009
O REI ESTÁ VIVO!
PS - Adoro a guitarra do Cabeleira na tal paragem à KD. Um orgasmo. Estou contigo, David.
sábado, janeiro 10, 2009
FROM THE HEART
THE MISSION - TADEUSZ. Se só pudesse escolher uma... talvez esta. Já me acompanhou em tantas noites...
OS MEUS DISCOS 1
Ryan Adams: So Alive [The Late Show]. Já tem uns anos. É o meu disco preferido do Ryan Adams. Boas guitarras, o cabrão canta bem e esta música tem qualquer coisa...
SUGESTÃO
Na onda pop foleira de que tanto gostei nos anos 80, estes M83 são dignos sucessores de tempos já passados. Gosto. Bastante. Uma banda irregular mas capaz de grandes momentos. Às vezes sabe tão bem comer pastilha elástica...
quinta-feira, janeiro 08, 2009
Escape With Romeo - Somebody
A versão original. Sempre me levou à lua. Tem aquela magia inexplicável dos temas que nos tocam mais do que deviam. Brutal.
OBRIGADO BLOOD BROTHER
Escape With Romeo (Somebody) Acoustic version.
Há pequenas jóias de que nos vamos esquecendo pelo caminho. Felizmente há quem nos recorde que elas existem. E com isso ganhamos o dia. Obrigado. Também pelo elogio. Soube-me bem.
terça-feira, janeiro 06, 2009
QUALIDADE
Jane Eyre 2006 Trailer. Tem o selo de qualidade da BBC. Uma série notável. A ver os dois últimos episódios no próximo domingo. Baseada no romance da novelista britânica Charlotte Brontë. Uma delícia.
quinta-feira, dezembro 18, 2008
NATAL
Já passei um Natal longe do meu pai e da minha mãe. Na altura o meu irmão ainda não tinha nascido. Tudo porque o meu pai estava às portas da morte e quiseram poupar-me. Não foi tão mau como podia ter sido. Apenas o sofrimento para ele. Que foi muito mas sobreviveu. Nós continuámos a poder desfrutar do verdadeiro prazer que é estar com ele. É um homem diferente. Um homem bom. Um bom pai. Excelente mesmo. Sei que nunca lhe chegarei aos calcanhares e tenho pena. Não é por falta de modelo. Acho é que eles já não se fazem assim. É pelo menos uma boa desculpa, a que utilizo para justificar a minha incapacidade para lá chegar.
Esse Natal foi diferente. Um Natal passado com amigos. Ou com a outra família que também tive. Outros avós. E uma amiga que foi mais do que tudo isso. A Natércia hoje para mim ainda vive. Foi muito importante na minha infância e adolescência. Foi muito importante para a minha família. Foi com ela que passei o único Natal longe dos meus. Ou com os outros a quem tive a sorte de poder chamar meus.
Este ano vai ser diferente. Muito diferente. Os meus pais estão longe. Mas merecem. Principalmente a minha mãe. E fico feliz por eles. Onde estão estão bem. Custa-me não ter aqui o Blood Brother. Por tudo e mais alguma coisa. Porque o amo principalmente. Porque me faz falta também. Porque é nestes momentos que mais gosto de partilhar copos, confissões e experiências com um irmão que está mais longe do que mais perto e de quem tanto gosto. Custa-me mas a vida é assim e fico contente porque ele está bem. Apenas triste porque não está... aqui.
Sim, vai ser um Natal diferente. Não me queixo. Não me posso queixar. Mas vou sentir a vossa falta. Para sempre.
RECOMENDO

sexta-feira, dezembro 12, 2008
UMA HISTÓRIA TRISTE
Na região diziam que ele tinha azar. Não era só. Acreditava que era algo pior. Uma sina de que não conseguia livrar-se. Tinha um defeito qualquer. Atraía o azar e tudo o que era ruim. Hoje, sem filhos, sem mulher, sem casa para viver, sobrava-lhe apenas aquela arma na mão. E não tencionava largá-la com vida. A factura tinha de ser paga. Por ele e mais ninguém.
Incrível como só tinha chegado a essa conclusão quando o banco lhe retirou a quinta. Não quando Madalena sucumbiu perante o excesso de trabalho a que tudo aquilo obrigava. Não quando os copos a mais o fizeram perder os miúdos. O acidente que toda a gente comentava quando passava e de que ele sabia ser o único responsável. Até com essa vergonha aprendera a viver. Mas agora não. Perder a quinta que tinha passado de pai para filho ao longo de tantas gerações era mais do que podia suportar. Queria tentar acreditar que não se trava de materialismo. De apego aos cacos que eram seus. Que era o amor que sentia por um local. O mesmo amor que não nunca tinha conseguido demonstrar à companheira. Ou ao sangue do seu sangue. Mas já não sabia. Já não sabia nada.
Manuel tinha nojo do que sentia. Vergonha de só agora pensar em acabar com vida. Se é que se podia chamar vida ao que fazia nos dias de hoje. Asco ao respeito que a sociedade local ainda lhe tinha. Ou que pelo menos manifestava quando passava. Seria possível não perceberem como era fraco? Como tinha traído tudo aquilo que devia ter defendido com a própria vida. Em vez disso, deixara cair Madalena, praticamente assassinara os filhos e agora desrespeitava o suor de todos os que tinham lutado por aquele local. Não, não ia perder mais nada. E assim perdeu tudo. Ali. No mesmo sítio onde a perdera.
quinta-feira, dezembro 11, 2008
terça-feira, dezembro 09, 2008
MUITO BOM
Slimmy - You Should Never Leave Me Before I Die.
De original Slimmy não tem nada. É um facto. Mas porque deveríamos exigir-lhe isso? O tema é brutal. Tal como a imagem e a produção. Os meus parabéns. Sinceros. Isto é um trabalho a sério. Podia ser Killers ou qualquer outra banda do momento. É o melhor elogio que me ocorre.
Dá para cantarolar, dançar ou curtir. Gosto MESMO.
segunda-feira, dezembro 08, 2008
A VIDA DELA DAVA UM FILME
A separação tinha sido de mútuo acordo. Afinal, há momentos em que é preciso ficar só. Não por causa das infidelidades, crueldades, esquecimentos ou loucuras. Apenas porque há momentos em que tem de ser mesmo assim. Em que a vida obriga a decisões. Que são difíceis, dizem, mas apenas para quem as toma, não para os que estão de fora e gostam de opinar sobre isto e aquilo e raramente sabem o que dizem.
A verdade é que sentia saudades dele. Nunca soube explicar porquê. Ou melhor, o porquê de gostar tanto daquele abraço forte, do cheiro do final do dia, das piadas parvas mas que a faziam rir. Dos ciúmes que sentia por saber que ele não era só dela. Nem hoje nem nunca, pensava. Por vezes ele dizia que sim, trazendo-lhe uma esperança que se desvanecia com o passar dos anos e os nomes que ela sabia lhe haviam passado pelo corpo. Havia uma coisa boa, ele não o escondia. E outra má, ele nunca o escondia.
Ela decidiu fazer o mesmo. Afinal, se ele podia porque não ela. E fez. Mais do que uma vez. E outra. E com aquele também. Infelizmente, no final de tudo aquilo sentia vontade de regressar ao velho conhecido, que de velho tinha pouco e que ela sentia necessidade de voltar a comer. Como comera no passado e tão bem lhe soubera. Difícil de encontrar era a forma de lá chegar. De reequacionar tudo o que tinha mandado às ortigas, os anos que perdera e que agora desejava voltar a agarrar. Estavam afastados há demasiado tempo. E havia a tal pedra no sapato que ele, curiosamente, ultrapassara melhor do que ela. E isso irritava-a, para além de a intrigar e de a fazer sentir mal. Como podia ser assim? Seria ele insensível ou apenas um cabrão? Podia até ser, mas era um cabrão que lhe dava tesão. E isso ela nunca soube mudar.
PARA A SARA
Fnac Chiado - Wayne Hussey. Sou eu que peço esta música na FNAC. Para ligar à Sara e ela ouvir pelo telemóvel. O homem é um baril.
MOMENTOS DA VIDA
The Mission rare live DVD footage - Tenho saudades deles. Muitas mesmo. Demasiadas.
PS - Vejam. É uma banda em grande forma.
A passagem ao minuto 06.25 tem alguma piada...
terça-feira, dezembro 02, 2008
A OUVIR
A mistura e masterização do disco são do lendário produtor Waldemar Sorychta (Lacuna Coil, The Gathering, Moonspell, Tiamat, Samael).
AURORA CORE reúne nove temas incluindo o primeiro single 'AIR’, e 'The Night of Everyday’ cuja letra é assinada por Fernando Ribeiro (Moonspell).
Nele, participam músicos e amigos, convidados especiais: todas as faixas foram gravadas por Pedro Cardoso na bateria (FEVER) e Ricardo Amorim na guitarra (Moonspell).
Formados em 2002, os Cinemuerte são Sophia Vieira e João Vaz. Participaram em três tributos: The Cure (Our Voices/Equinoxe Records), The Misfits (Portuguese Nightmare/Raging Planet) e Mão Morta (E se depois/Raging Planet).
Pisaram os principais palcos da cena musical, nomeadamente o Coliseu dos Recreios (Opening acts para HIM, My Chemical Romance), e integraram os principais festivais de verão (Vilar de Mouros, Super Bock Super Rock).A Sophia pertence igualmente ao coro feminino as Crystal Mountain Singers, com o qual gravou este ano vozes para o novo álbum de Moonspell, “Night Eternal” (SPV/Universal). Como convidada da banda, acompanha a mesma em actuações ao vivo.