quarta-feira, novembro 29, 2006

ROCK

SPEED. É já amanhã no Muralhas Bar. KD sem corantes nem conservantes. Apareçam. Nunca se sabe o que poderá acontecer.

terça-feira, novembro 28, 2006

À SUBURBANA

DOR. Penso que estou um pouco como tu. Sem saber muito bem o que dizer, pensar, o que fazer perante factos que nos ultrapassam e em que nos sentimos realmente impotentes para reagir. Hoje leio o meu post anterior e considero-o meio criançola. Se calhar vai acontecer o mesmo com este daqui a uns dias. Mas apeteceu-me desabafar e aquilo foi o que saiu. Não me arrependo. E sei que estes tristes acontecimentos nada têm a ver com Deus. Mas nestas alturas choca-me sempre haver quem a acredite que se foi para um sítio melhor. É um argumento que me remexe as entranhas.

A perda de duas pessoas de um momento para o outro numa redacção é um golpe duro. Estamos a viver um pesadelo. Mas estamos a viver. O César, o André, a Maria João e a Cláudia não têm essa sorte. E isso sim é algo que devemos agradecer. Não a um qualquer pseudo-deus todo-poderoso. A nós próprios. E tentar aproveitar todos os momentos para ser felizes. A vida é demasiado preciosa para deixarmos que ela se nos escape entre os dedos. A única coisa em que gosto de pensar no meio de tudo isto é que eles desapareceram na busca de um sonho.

Há relações difíceis de explicar. E de que não nos apercebemos no dia-a-dia. Era amigo do César e o André apenas conhecia de vista. Ao César conhecia-o há 11 anos, desde que ele chegou ao Record, e mais do que as suas capacidades profissionais, que eram muitas, gostava da sua cultura e apreciava sobremaneira a sua saudável loucura por cinema e banda desenhada. Era algo que partilhávamos todas as semanas, tanto pela discussão como pela troca de livros e filmes. O César iniciou-me no mundo do desenho norte-americano e eu puxava-o mais para o mercado francês e belga. No cinema éramos mais parecidos, tanto na apreciação dos clássicos como dos irreverentes Tarantinos e quejandos.

Curiosamente, choca-me mais o que sinto perante o desaparecimento do André. É um jovem que trabalhou ao meu lado durante 4 anos mas como um ilustre desconhecido. Provavelmente por já sermos de gerações diferentes e por ter entrado como estagiário quando eu era chefe de redacção. Mas era trabalhador, responsável e sabia responder quando questionado. Ou seja, era alguém de quem quase não sabia nada mas que me habituei a encarar todos os dias. O Record/online é a 10 metros do sítio onde me sento todos os dias. Eu via-o todos os dias.

Estranhamente, em Milão fartei-me de falar dele. Viajei com uma grande amiga e quis saber como ele era. Ela contou-me. Hoje tenho pena de não ter sabido mais. É sempre assim, não é? Temos a tendência para dar mais valor às coisas quando elas desaparecem. Estúpidos.

Costuma dizer-se que mau é para os que cá ficam. Não é verdade. Nós vamos continuar a viver. Mal ou bem vamos ultrapassar este choque. A família mais chegada provavelmente não. Eles não o poderão fazer. Eram demasiado jovens para morrer. Tinham muito para viver. Não percebo.

sábado, novembro 25, 2006

DEUS NÃO EXISTE

... E se por acaso estiver errado, deixa-me dizer-te que se existes, és um bom filho da puta!

sexta-feira, novembro 24, 2006

A VIDA É UMA DROGA

SORRY. Ontem perguntava-me um gajo muito muito porreiro se eu tinha tomado alguma coisa. Não, não tinha. Nunca tomo. Questão de consciência e de ter medo de gostar. De gostar demasiado.

Ontem estava assim porque tinha acabado de ensaiar. E sentia-me vivo. Como quase sempre quando toco. E estava entre gente de quem gosto. Esses dois factores são mais do que suficientes. A vida é uma droga. Deviam experimentar.

E a droga é bem boa. E por vezes vicia. Mas neste caso não faz mal. Porque o vício são as paixões, as taras, as noites mal dormidas, o corpo a pedir descanso e tu arrancares para o ensaio e depois sabe-se lá para onde. Os filhos lindos que te dão ainda mais razões para viver. Os pais ainda vivos. A companheira com quem partilhas a droga. Que é a vida.

Sim, um dia podes morrer do coração, atropelado por um TIR ou levar mesmo com um tiro nos cornos. Mas tens de acordar e saber se estás a viver. Mas ao acordar. Não ao deitar. Não depois de induzido à felicidade. Porque ela não se compra. Constrói-se todos os dias. Dá trabalho e não dá saúde.

Não. Não tinha tomado nada. Estava apenas feliz por estar ali. Com vocês. Para mim chega.

HOPE FOR US ALL...


ESPERANÇA. Há músicas assim. Que nos fazem fechar os olhos e acreditar que podemos ser felizes. Que nos arrepiam cada vez que as ouvimos. Que têm um estranho magnetismo que nos cativa.
Tem muito a ver com as guitarras. Com a voz sussurrada. Com a secção rítimica discreta. O som envolvente que nos faz esquecer muita merda que nos rodeia. E se ela é muita...
Recomendo "sing it out" dos HOPE OF THE STATES. É uma dessas músicas. Uma música que faz a alma libertar-se do corpo e esperar por dias melhores, enquanto o corpo, esse, fica cá em baixo a abanar-se com o balanço do tema.
É uma coisa que me faz lembrar a tristeza que gostava de sentir quando adolescente e que me fazia ouvir música aos altos berros de luz apagada. Momentos que partilhei com os Joy Division, os Bauhaus, os Sisters of Mercy e tantos outros que me conduziam aquele estado de torpor de que sempre gostei.
Bem vindos HOPE OF THE STATES à terra do nunca, onde sou rei e vocês já foram promovidos a bardos oficiais do actual regime. Aqui sou eu que estabeleço as regras e vocês fazem parte do meu grupo. Por isso nada têm a temer. Mesmo que os outros não gostem... aqui sou eu que mando.

sexta-feira, novembro 17, 2006

DESCONFIO...


POIS. A Sara adora ver a "Grey's Anatomy". Confesso que também gosto. Mas é a olhar para fotos como esta que desconfio que ela não vê a série por causa da Meredith Grey... Pois é. Há que reconhecer que o Dr. Sheperd tem muita pinta. Sempre me ensinaram que é importante saber perder. Neste caso, entrego já as armas. Há lutas que não valem a pena...

quarta-feira, novembro 15, 2006

AMOR


PAZ II. São uma delícia. Brincar com eles é esquecer tudo o que está errado e acreditar que o Mundo ainda é um lugar lindo para se viver.

segunda-feira, novembro 13, 2006

BELO FIM-DE-SEMANA

PAZ. Sara. Putos. Mano. Muito bom.

sexta-feira, novembro 10, 2006

TOWER OF STRENGHT

I FEEL. The Mission e Xutos. Foram eles que me fizeram começar a tocar. Foram eles, o Kalú e o Mick, quem mais influenciou o meu estilo de tocar. Nunca me preocupei muito com a técnica. Apenas com a vibe. Gosto que quem toca comigo sinta sempre a marcação. O bombo e a tarola. A magia de sons que, mal ou bem, estão sempre lá. Não gosto de carícias e malícias num baterista. Respeito o estilo e sou capaz de adorar ao vê-los num concerto. Mas é algo que não me faz vibrar. São gostos. Eu gosto mais… à bruta.

Em termos musicais nunca gostei de tecnicistas. Talvez por inveja. Como sei que sou um cepo não aprecio aqueles que são melhores. Mas quero acreditar que não. Gosto de quem sente o que faz em palco. Nesse aspecto, e sendo visualmente e musicalmente super-estimulante, o concerto dos Muse, lotado no Campo Pequeno, acabou por ser superado no meu coração pelo dos New Model Army, no Hard Club. Curiosamente, onde não estavam mais de 200 pessoas. O rock visceral e a garra colocada em palco pelos NMA deixaram-me completamente agarrado. Tanto eu como a Sara passámos duas horas a dançar, no meio de uma dúzia de fãs que vieram de toda a Europa para vibrar como nós. Foi lindo. Há momentos assim. Em que o poder de cinco homens num palco nos transportam a outra dimensão.

Nas várias bandas em que toquei as sensações foram sendo diferentes. Os Kaganisso eram pouco coesos ao vivo. Mas havia dias em que arrancávamos concertos extraordinários. Uma banda feita de altos e baixos, mas com uma front-woman cheia de garra e carisma, às vezes até demais. Nos KD, hoje, a sensação é semelhante. Mais barulho, mais rock, mais velho e cansado, às vezes sem pachorra para carregar a bateria para cá e para lá, mas ainda com dias sim. Curiosamente, o concerto do Bairro, em que todos os elementos tiveram de se revezar para segurar o bombo e com um som miserável em cima do palco, ficou-me cá dentro. Gostei mesmo. Talvez até de forma egoísta. Inventei… e pronto. Sem preocupações. Sem stress. Sem pensar nos outros. As minhas desculpas por isso.

A vida também é vivida um pouco assim. Sempre com paixão. Tento colocá-la em tudo aquilo que faço. Às vezes há recaídas. E falta de tempo para levar a sério os vários hobbies em que me meto. Mas as coisas vão andando. E importante, importante, é o facto de ir passar o fim-de-semana ao Algarve com a Sara e os miúdos. E vou estar com o Jagunço, o que é sempre uma festa. Prevejo mais uma pequena bebedeira. Aliás, um convívio…

A finalizar uma palavra de conforto a todos os benfiquistas. É nestes momentos dramáticos que devemos dar a mão aos nossos amigos. Antes 6 milhões, hoje apenas 160 mil. Cuidado. Podem ser uma espécie em extinção. E depois vamos gozar com quem? Eu vou comprar o kit de sócio. Ouvi dizer que se recebe um bigodinho postiço à Vieira. Ui, ui…

PS: A foto é, obviamente, do Carlos "Australiano" Gonçalves

quinta-feira, novembro 09, 2006

DON´T YOU FORGET ABOUT US...


GOOD NEWS. O site está online em www.karpediem.org , cortesia de David Monge. E há dois concertos para breve. Que pode mais um homem desejar?







Bem, há mais algumas coisas, mas não falemos delas por aqui...

quarta-feira, novembro 08, 2006

MAL ENTENDIDOS


À FLOR DA PELE. Quando se escreve de coração aberto e sem receios correm-se riscos. O último post sobre os KD criou duas vítimas. As minhas palavras não eram para elas. Não lhes peço desculpa porque não considero necessário. São dois amigos que interpretaram mal as minhas palavras. E quando eu escrevia no geral eles particularizaram. Erro meu porque me terei explicado mal. Erro deles porque eu nunca faria acusações destas no blog. Se tivesse de as fazer, faria na cara e eles deviam saber isso. Até porque são ambos muito próximos. Nada que umas cervejas não curem. E uma promessa. Continuarei a ser verdadeiro. Aqui e com vocês. Para o bem... e para o mal. Esta é a verdade...

PS -- E eu gosto mesmo de vocês, parvalhões!

PARA APRECIADORES


MACHINE POWER. Estamos à procura de novos caminhos e com novas apostas. Este festival é apenas uma delas. Para gente de barba rija.

terça-feira, novembro 07, 2006

NOITE BEM PASSADA


COOL. Falta de sexo? Já não se consegue vir? Problemas em fazer a erecção baixar? Temos o remédio para isso. Hot Pussy. Uma banda de covers que garante a sua satisfação. E sei do que falo. Só os vi uma vez e chegou. Ri-me até não poder mais. Atenção ao 'barrasco' do baixista. É o palhaço-mor. Mas o gajo tem mesmo piada. E consta que bebe uns sumos de maçã que lhe dão a volta à cabeça...

OBJECTIVOS... OU NÃO...

POWER. Estamos vivos. Obrigado pela vossa preocupação.

AO VIVO. Os Karpe Diem estão de volta à estrada para mais dois concertos. Como pode ler no post em baixo, dia 30, no Muralhas Bar, em Alcabideche/Estoril e ainda no dia 8 de Dezembro, em Paiol, Alenquer. Dois concertos bons para testarmos uma vez mais as nossas capacidades e, quem sabe, com 'sets' mais curtos dar prestações ainda mais intensas e não tão cansativas para plateias que não sabem bem o que estão a ouvir.

CD. Depois há o disco. Hoje o Paulo dará a conhecer ao resto da banda - eu pelo menos ainda não as conheço... - as novas misturas, que estarão muito melhores do que as anteriores. Óptimo. Porque as primeiras não estão nada de especial e porque o tema disco é já cansativo. Precisamos de atirar este para trás das costas quanto antes e dedicar-nos a algo novo. A reunião com o líder espiritual da banda urge para que se possa definir a nossa vida a breve trecho.

HAJA ALGUÉM. Em relação a management, continua a procura de alguém honesto que esteja interessado em trabalhar connosco. Há já duas hipóteses em mente. Os próximos concertos serão boas oportunidades para essas pessoas nos conhecerem, nos ouvirem e perceberem se querem pertencer a la famiglia. Quanto a agenciamento, para além da AMRA, com quem adoramos trabalhar, pois são quem nos proporciona os nossos concertos mais tesudos, penso que apenas com o disco na mão valerá a pena procurar mais coisas.

AS TRALHAS. Merchandising. A Camila, a companheira do nosso road manager, fez-nos uma proposta irrecusável. Parece-me que os KD só têm a ganhar com a aceitação plena desta aposta de uma das loiras menos loira que conheço. E sou 100 por cento pelas girlie shirts quanto antes. Bem apertadinhas. Para realçar os dotes de que nós tanto gostamos.

O SITE. Caso deseje saber mais notícias dos KD tente consultar em www.karpediem.org Um dia o site voltará a estar online. Quando houver dinheiro para pagar a prestação. Mas vá passando por aqui e por http://fora-de-mao.blogs.sapo.pt Saberá novidades nossas, concerteza. Ou não...

domingo, novembro 05, 2006

KD LIVE

BACK. Lá voltamos nós à estrada. Dia 30 deste mês no Muralhas Bar, em Alcabideche, Estoril. Apareçam. Vamos tentar fazer com que valha a pena.

quinta-feira, novembro 02, 2006

GOTH LIFE

CRUXSHADOWS. São góticos, são bons e vão estar no Culto Club dia 7 de Dezembro. Estes valem mesmo a pena!

http://www.myspace.com/crxshdws

http://www.cruxshadows.com

Um dia antes dos KD em Alenquer...lá vou eu tocar ressacado...

NOVEMBER RAIN

Amor. Vodka. Uma noite sozinha na cama. Mais uma. E o amor dela não estava por ali. Estranha vida esta, em que ela era obrigada a conter-se para não correr para ele. Ele não podia. Tal como ela, casado, com uma vida estável, às vezes estava disponível para uma vida dupla. Mas não mais do que isso.
Ela sabia-o bem. Também ela não estava disposta a abdicar do que tinha. Mas às vezes sofria. A distância. As noites frias. A chuva a bater na janela e a saudade da pele dele esmagada contra ela. Os nervos de o sentir respirar tão perto. Tão forte. E tão longe.
O sentimento de abstinência começa a apertar. Ela sabe que eles vão voltar a estar juntos. Pelo menos, no íntimo, assim o espera. Mas sabe também que nunca vão estar juntos. É isso que a faz recusar. Negar o desejo. Negar a vontade. E beber vodka. Porque se o amor é fodido, o vodka também. E não há nada como o torpor de um orgasmo após uma noite bem bebida. Afinal, ninguém tinha nada a ver com o que ela fazia debaxo dos lençóis. Ele continua longe, ela também. E depois? A vida é assim.