sábado, dezembro 16, 2006

GIVE ME... GIVE ME...

TOWER. É mais forte do eu. Um amor impossível de explicar. Há pessoas que já o percebem. A Sara. Os meus filhos. O mano. E alguns dos KD, talvez. Porque já privaram com eles e terão percebido que a vibe é tão boa que contagia. Mas esse não é um factor determinante, antes pelo contrário. É a obra? A voz? As guitarras? Os concertos? Não sei, sinceramente não sei. E já me cansei de tentar perceber ou explicar um sentimento que não precisa de palavras para o descrever. Afinal, é suposto o amor não ter explicação, seja em que momento for e seja pelo for que sentimos tal emoção.

A missão que temos na vida é algo difícil de perceber. Há quem trace objectivos definidos. Há quem passe por cá sem entender porquê. Há quem não tenha sequer a oportunidade de ter uma vida decente, com um mínimo de condições de sobrevivência. Amores como este são possíveis numa Europa dita civilizada e com uma qualidade de vida aceitável. Sei que nem todos podem dar-se ao luxo de ir à Alemanha ou Madrid para ver aqueles de quem gostam. Infelizmente alguns não conseguem sequer ir à porta ao lado, porque os cifrões lhes barram a entrada. Sei que este é um amor egoísta, porque me é permitido pela vida que levo. Sei que este é um amor suicida porque um dia eles vão abandonar-me.

Já foram tantas as emoções, do choro ao riso, da bebedeira total à tristeza após a morte de próximos, da veneração absoluta à partilha do palco, que não tenho a mínima pista de qual o melhor momento. É bom estar no Culto com o Blood Brother a ouvir, por exemplo, Deliverance e arranhar aquele solo de guitarra como se fosse meu ou aquela bateria que o acompanha que sempre me apaixonou. Esses são momentos especiais.

Como dizia uma das melhores letristas que já conheci, "se isto é loucura, louvo os loucos por saberem viver". Eles fazem parte da minha vida. E confesso, quase todos os dias. É raro, muito raro mesmo, o dia em que não ouço uma música. Vejo um vídeo. Ou me lembro do Wayne. Sim é amor. Não um amor abichanado, ou será...?, mas um amor que sinto pelos bons e maus momentos que já me fez viver. E depois, aquela voz, aquele talento, a guitarra, o piano, não sei...

Há ali qualquer coisa que não sei explicar. Que não consigo nem quero racionalizar. Sou fã? Doente? Estúpido ou mesmo débil mental? Não sei. Não me interessa. Tenho raiva a quem sabe. Até porque me parece que já os estou a ouvir... com os instrumentos já em repouso... e aquela voz a puxar pelos Eskimos... Give me... Give me... Give me... Deliverance... Brother... Sister... Give me, Deliverance... Vou ter com eles...

3 comentários:

Anónimo disse...

"...Afinal, é suposto o amor não ter explicação, seja em que momento for e seja pelo for que sentimos tal emoção..." é a frase que me fez arrepiar...e sim,eu percebo do que falas...desse "teu" amor que já sentí bem perto ...hoje ,e sempre ,vou ter contigo.

Anónimo disse...

é o amor, , , daquilo que mais gostas, e conheci esse teu amor mais profundamente aquado te conheci,,, é um amor saudavel... como muitos outros...

Jagunço disse...

De ferias né cabraozinho...