OPEN YOUR EYES

É na noite que vives. É aí que sentes o sangue pulsar. Sempre foi. Porquê? Eis a pergunta mais difícil de responder. Ninguém compreende. Nem tu. São demasiadas as respostas para problemas que não te dizem nada. São demasiadas as pessoas que as procuram sem saberem também elas a razão de tão absurda busca.

Há coisas que outros não compreendem. Ou não respeitam. Ou querem que mudes. É natural. É mesmo o mais habitual. Difícil é encontrar alguém que te queira com os teus defeitos e feitios. Árduo é respeitar o outro e a sua individualidade. Mesmo que sem a entender. Na vida nem tudo tem de ser explicado. Se o outro se sente bem, por que havemos de tentar que faça diferente? Porque queremos assim. Por muito que digamos que é pelo bem do outro.

Saber amar tem um pouco de tudo isto. E muito mais. Nem sempre queres fazer sexo até que a pele te doa. Nem sempre tens pachorra para as artes e feitios de quem acorda ao teu lado. Mas quando gostas aprendes a… sim , é isso. É essa a sensação. Já vi que sabes do que falo. Não, também não sei a palavra. Mas é isso.

Amar ao longe é difícil. Dói. Mesmo quando o sexo não é para aí chamado. Somos demasiado levados a confundir fodas com cérebros. Não é bem a mesma coisa. Há chamamentos para os quais não temos explicação. Sejam eles carnais ou platónicos. De pai para filho ou entre amantes. Amar nunca é fácil. Traz tantas dores e castigos como sorrisos e compensações. Mas é o tempero principal de uma vida que sequer bem vivida.