segunda-feira, maio 26, 2008

LOVE YOU TO DEATH


São cinco cd's ao vivo gravados nas quatro noites passadas em Londres, no Sheperd's Bush Empire. É a dura despedida de um dos amores da minha vida. O significado é, obviamente, muito especial. O som muito bom. Nada polido. Nada tratado. É uma banda ao vivo. Não uma banda retocada em estúdio. Estão lá os grandes momentos como os grandes pregos. Estão também um grande baterista, um belíssimo baixista, três guitarristas enormes e o meu vocalista preferido. Não é bom nem é mau. É o meu preferido. Mas também estamos lá nós. Eu, a Sara, o Moás, uma amiga da Sara e as outras três mil pessoas que lotaram o Empire naquelas quatro noites. Está lá a nossa devoção, o nosso amor, a nossa vontade de absover tudo aquilo que os Mission ainda tinham para nos dar. Aquilo que nos tinha sido prometido e, porque não, aquilo que nos era devido por anos de apoio, acompanhamento e empenhamento numa causa perdida. Mas que como todas as causas perdidas tem defensores que vão para além da compreensão geral. Como eu.

Estou doente. O frio de Almeirim deixou marcas. Mas nada como ter este bombom para saborear entre os comprimidos que me deixam zonzo, a febre irritante e o cansaço em que a maldita gripe me mergulha. Ouvir o Island in a Stream como foi tocado em Londres, mais do que revigorante, é mágico. Voltar a ouvir aquele prego magnífico do Wayne no início do Love me to death delirante. É assim que se é feliz. Apreciando as pequenas grandes coisas que a vida tem para nos dar.

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