VIVER OU MORRER

Preocupante a situação no eixo Israel-Líbano-Palestina. Não pelo escandaloso aproveitamento das empresas multinacionais para logo subir tudo o que está relacionado com o preço do petróleo, como se a actual troca de mísseis tivesse qualquer influência no produto que chega às ruas, mas sim pelo sofrimento de povos que não encontram solução para um problema que não foi criado por eles. Tal como os Estados Unidos em relação ao Iraque, onde arrasaram um dos países mais civilizados da zona para impor a puta da democracia (dizem eles, para roubar tudo aquilo que o Iraque tem de bom, digo eu), a Europa criou um estado judaico onde nunca o poderia fazer. E morre gente há mais de 50 anos por causa disso. Mas esta escalada de violência é mesmo muito preocupante. Porque pode ditar um novo clima de guerra aberta entre Israel, Líbano, Síria, Palestina e mais quem quiser entrar na festa. E todos sabemos como o exército israelita é poderoso. Como tenho algumas dúvidas em acreditar naquela coisa do David e Golias, acredito que vai morrer muita gente. Numa guerra, mais uma, em que todos ralham e ninguém tem razão. Sim, mais uns do que os outros, mas após anos e anos de agressões mútuas como convencer um dos lados que o outro tem razão. Parece-me que ali só o extermínio poderá acabar com o problema. Os israelistas são menos, muito menos, mas os outros são mais fracos, muito mais fracos. O cabrão do chamado Mundo civilizado foi tão rápido a unir-se a esforços tão pouco dignos como o Afeganistão e o Iraque e vai continuar a assistir a isto im~pávido e sereno? Pois é, a força dos números. Não passamos disso. Carne para canhão. É bom viver em Portugal. Egoísta mas bom. Será bom morrer na Palestina?