sábado, dezembro 16, 2006

GIVE ME... GIVE ME...

TOWER. É mais forte do eu. Um amor impossível de explicar. Há pessoas que já o percebem. A Sara. Os meus filhos. O mano. E alguns dos KD, talvez. Porque já privaram com eles e terão percebido que a vibe é tão boa que contagia. Mas esse não é um factor determinante, antes pelo contrário. É a obra? A voz? As guitarras? Os concertos? Não sei, sinceramente não sei. E já me cansei de tentar perceber ou explicar um sentimento que não precisa de palavras para o descrever. Afinal, é suposto o amor não ter explicação, seja em que momento for e seja pelo for que sentimos tal emoção.

A missão que temos na vida é algo difícil de perceber. Há quem trace objectivos definidos. Há quem passe por cá sem entender porquê. Há quem não tenha sequer a oportunidade de ter uma vida decente, com um mínimo de condições de sobrevivência. Amores como este são possíveis numa Europa dita civilizada e com uma qualidade de vida aceitável. Sei que nem todos podem dar-se ao luxo de ir à Alemanha ou Madrid para ver aqueles de quem gostam. Infelizmente alguns não conseguem sequer ir à porta ao lado, porque os cifrões lhes barram a entrada. Sei que este é um amor egoísta, porque me é permitido pela vida que levo. Sei que este é um amor suicida porque um dia eles vão abandonar-me.

Já foram tantas as emoções, do choro ao riso, da bebedeira total à tristeza após a morte de próximos, da veneração absoluta à partilha do palco, que não tenho a mínima pista de qual o melhor momento. É bom estar no Culto com o Blood Brother a ouvir, por exemplo, Deliverance e arranhar aquele solo de guitarra como se fosse meu ou aquela bateria que o acompanha que sempre me apaixonou. Esses são momentos especiais.

Como dizia uma das melhores letristas que já conheci, "se isto é loucura, louvo os loucos por saberem viver". Eles fazem parte da minha vida. E confesso, quase todos os dias. É raro, muito raro mesmo, o dia em que não ouço uma música. Vejo um vídeo. Ou me lembro do Wayne. Sim é amor. Não um amor abichanado, ou será...?, mas um amor que sinto pelos bons e maus momentos que já me fez viver. E depois, aquela voz, aquele talento, a guitarra, o piano, não sei...

Há ali qualquer coisa que não sei explicar. Que não consigo nem quero racionalizar. Sou fã? Doente? Estúpido ou mesmo débil mental? Não sei. Não me interessa. Tenho raiva a quem sabe. Até porque me parece que já os estou a ouvir... com os instrumentos já em repouso... e aquela voz a puxar pelos Eskimos... Give me... Give me... Give me... Deliverance... Brother... Sister... Give me, Deliverance... Vou ter com eles...

quarta-feira, dezembro 13, 2006

NEVER FORGIVE... NEVER FORGET!

AMOR. Nem penses em passar o Natal longe. Podes fazer o que quiseres da tua vida, mas há coisas que são sagradas. Até logo.

terça-feira, dezembro 12, 2006

NO TIME TO CRY

NÃO. Sem tempo para postar, stop. Grande concerto dos Cruxshadows no Culto, stop. Grande concerto dos KD na Atalaia, stop. Foi bem ver tantos amigos lá em baixo, se bem que com as luzes nos olhos não dava para ver nada, stop. Belo fim-de-semana em família na Ortiga, stop. É bom ter o mano cá por cima para matar saudades, stop. Adoro-vos a todos, stop.

PS - 2007 vai ser um grande ano. Mais um cd dos The Mission para ouvir...

terça-feira, dezembro 05, 2006

BORA LÁ...

AGENDA. Os CRUXSHADOWS tocam em Portugal pela segunda vez já no próximo dia 7 de Dezembro, quinta-feira, no Culto Club. Este espectáculo serve de apresentação ao álbum "Dreamcypher". Considerados pela Imprensa musical alemã e norte-americana a melhor banda de synth-pop e new wave do momento, estes germânicos prometem uma performance delirante.
A primeira parte estará a cargo dos portugueses Dead Poets. Será uma noite de muita musica, que não deixará indiferentes os apreciadores de Faith and the Muse, Black Tape for a Blue Girl, Switchblade Symphony , The Creatures entre tantos outros.

Mais informações em www.cultoclub.com

See you there!

ENTÃO ATÉ LOGO

AO ANDRÉ E AO CÉSAR. Um abraço aos dois. O último adeus foi ontem. Aqui fica apenas um até à vista.

domingo, dezembro 03, 2006

QUANDO A FELICIDADE CHEGA

A noite corria. Chuvosa. Fria. Inóspita até para quem pensava em amor. Quanto mais para ele. Um homem que perdera a mulher e o filho. Um homem a quem a vida já nada dizia. Um homem que apenas respirava entre o emprego e casa. Respirava? Pelo menos assim parecia, se estava vivo…

Desde o acidente que perdera o contacto com os amigos. A família, então, nem vê-la. Não suportava enfrentar quem lhe lembrasse o amor. O amor que tivera e que perdera. O amor que tanto o fizera ser feliz e que se esvaíra por entre os dedos. Era nessas alturas que se refugiava no álcool, nas pastilhas, na coca, no sexo pago com quem aparecesse. Em qualquer coisa que o fizesse esquecer.

Os amigos tentavam “recuperá-lo para a vida”, diziam eles. Não sentia isso. A aproximação feria tanto como espinhos cravados na pele. Ninguém sabia o que ele sentia. E ele não queria partilhar a dor com ninguém. Era a mulher dele. Era o filho dele. Queriam outros agora dizer-lhe como viver a vida? Não, não tinham esse direito. Talvez esse dever. Mas ele não queria saber.

Às vezes, por momentos tão curtos quanto espaçados, conseguia esquecer. E aí, em dias que a anestesia funcionava, voltava a acreditar que podia ser feliz. Que podia voltar a ser senhor do seu mundo. Que a ausência deles podia ser esquecida e substituída por outras almas. Mas não era verdade. Não passava um dia que não pensasse neles. Não passava um dia em que não acreditasse que podia ter evitado tudo. Não passava um dia em que não desejasse morrer.

Sim, a vida continuava. Mas a maior parte das vezes apetecia-lhe perguntar para quê? Mas não agora. Tinha de ir trabalhar. O melhor momento dos seus dias. O problema era quando chegasse. Quando chegasse a casa e não os ouvisse. Era pior do que morrer. Não estava lá aquele beijo quente que ela lhe sabia dar. O riso do puto. Que saltava mal o via e lhe lembrava que tinha uma semente no mundo. Não. Eles não estavam lá. Pensou. Pensou bem. Pensou melhor. Não, afinal hoje não ia trabalhar. Ia ter com eles. Era dia de morrer. Finalmente feliz
.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

EM PERSPECTIVA

SEM PREÇO. São bons momentos como o concerto de ontem e maus como a morte de amigos que nos ajudam a colocar a importância das coisas em perspectiva. Isto a propósito do Sporting-Benfica de logo à noite. Nunca me senti tão relaxado em relação a um derby como hoje. Nunca me senti tão desprendido do Sporting como agora. É curioso como as desgraças ou amores que vamos conquistando na vida nos ajudam a largar ópios que se tornam demasiado importantes, sem que nunca tenham tido na verdade importância nenhuma.
Hoje por hoje sofro pelo Sporting por causa de um benfiquista. Como as coisas são. Sim. O facto de ter o amigo Paulo Bento a treinar aquele que foi sempre o clube do meu coração dificulta o afastamento. Mas o afastamento é objectivo. Sou obrigado a separar a minha vida profissional da pessoal. Nunca fui um verdadeiro amante de desporto e muito menos tarado por futebol. Gosto, sim, mas não demasiado. O cargo que hoje ocupo leva muito dos que me conhecem às naturais e redutoras perguntas sobre o que penso de determinado facto futebolístico. Quando não em exagero... tudo bem. Mas quando sais à rua e todos querem saber a tua opinião sobre o jogo, desde o padeiro, ao gajo que te serve o café, passando pela menina do supermercado... uff...!
Sempre achei estranho Portugal ter três jornais desportivos. Não tem nenhum de música, cinema ou teatro. E nenhum dos generalistas tem sequer secções dignas de temas tão marcantes para a vida do ser humano que se pretende... humano.
Não, não me reduzam ao gajo que dá palpites para o derby. E será que o Liedson vai marcar? E o Miccoli, grande jogador, hã... Isso, meus amigos, é o meu trabalho. O Sporting... sim, claro, quero que ganhe. Aliás, como já disse, torço por um amigo verdadeiro. E confesso que se um dia ele estiver no Benfica não sei bem como vai ser...
Aos que não me conhecem, tudo bem, tenho de aguentar. Os outros, meus caros, o futebol é um jogo. De milhões. De gente rica. Jogado por milionários. Os KD, por exemplo, ontem saíram do trabalho, fizeram-se à estrada, montaram e desmontaram, tocaram e beberam, tudo por 70 euros. Ou melhor, por amor. E quando assim é... Vamos dar valor ao que realmente tem valor.

quarta-feira, novembro 29, 2006

ROCK

SPEED. É já amanhã no Muralhas Bar. KD sem corantes nem conservantes. Apareçam. Nunca se sabe o que poderá acontecer.

terça-feira, novembro 28, 2006

À SUBURBANA

DOR. Penso que estou um pouco como tu. Sem saber muito bem o que dizer, pensar, o que fazer perante factos que nos ultrapassam e em que nos sentimos realmente impotentes para reagir. Hoje leio o meu post anterior e considero-o meio criançola. Se calhar vai acontecer o mesmo com este daqui a uns dias. Mas apeteceu-me desabafar e aquilo foi o que saiu. Não me arrependo. E sei que estes tristes acontecimentos nada têm a ver com Deus. Mas nestas alturas choca-me sempre haver quem a acredite que se foi para um sítio melhor. É um argumento que me remexe as entranhas.

A perda de duas pessoas de um momento para o outro numa redacção é um golpe duro. Estamos a viver um pesadelo. Mas estamos a viver. O César, o André, a Maria João e a Cláudia não têm essa sorte. E isso sim é algo que devemos agradecer. Não a um qualquer pseudo-deus todo-poderoso. A nós próprios. E tentar aproveitar todos os momentos para ser felizes. A vida é demasiado preciosa para deixarmos que ela se nos escape entre os dedos. A única coisa em que gosto de pensar no meio de tudo isto é que eles desapareceram na busca de um sonho.

Há relações difíceis de explicar. E de que não nos apercebemos no dia-a-dia. Era amigo do César e o André apenas conhecia de vista. Ao César conhecia-o há 11 anos, desde que ele chegou ao Record, e mais do que as suas capacidades profissionais, que eram muitas, gostava da sua cultura e apreciava sobremaneira a sua saudável loucura por cinema e banda desenhada. Era algo que partilhávamos todas as semanas, tanto pela discussão como pela troca de livros e filmes. O César iniciou-me no mundo do desenho norte-americano e eu puxava-o mais para o mercado francês e belga. No cinema éramos mais parecidos, tanto na apreciação dos clássicos como dos irreverentes Tarantinos e quejandos.

Curiosamente, choca-me mais o que sinto perante o desaparecimento do André. É um jovem que trabalhou ao meu lado durante 4 anos mas como um ilustre desconhecido. Provavelmente por já sermos de gerações diferentes e por ter entrado como estagiário quando eu era chefe de redacção. Mas era trabalhador, responsável e sabia responder quando questionado. Ou seja, era alguém de quem quase não sabia nada mas que me habituei a encarar todos os dias. O Record/online é a 10 metros do sítio onde me sento todos os dias. Eu via-o todos os dias.

Estranhamente, em Milão fartei-me de falar dele. Viajei com uma grande amiga e quis saber como ele era. Ela contou-me. Hoje tenho pena de não ter sabido mais. É sempre assim, não é? Temos a tendência para dar mais valor às coisas quando elas desaparecem. Estúpidos.

Costuma dizer-se que mau é para os que cá ficam. Não é verdade. Nós vamos continuar a viver. Mal ou bem vamos ultrapassar este choque. A família mais chegada provavelmente não. Eles não o poderão fazer. Eram demasiado jovens para morrer. Tinham muito para viver. Não percebo.

sábado, novembro 25, 2006

DEUS NÃO EXISTE

... E se por acaso estiver errado, deixa-me dizer-te que se existes, és um bom filho da puta!

sexta-feira, novembro 24, 2006

A VIDA É UMA DROGA

SORRY. Ontem perguntava-me um gajo muito muito porreiro se eu tinha tomado alguma coisa. Não, não tinha. Nunca tomo. Questão de consciência e de ter medo de gostar. De gostar demasiado.

Ontem estava assim porque tinha acabado de ensaiar. E sentia-me vivo. Como quase sempre quando toco. E estava entre gente de quem gosto. Esses dois factores são mais do que suficientes. A vida é uma droga. Deviam experimentar.

E a droga é bem boa. E por vezes vicia. Mas neste caso não faz mal. Porque o vício são as paixões, as taras, as noites mal dormidas, o corpo a pedir descanso e tu arrancares para o ensaio e depois sabe-se lá para onde. Os filhos lindos que te dão ainda mais razões para viver. Os pais ainda vivos. A companheira com quem partilhas a droga. Que é a vida.

Sim, um dia podes morrer do coração, atropelado por um TIR ou levar mesmo com um tiro nos cornos. Mas tens de acordar e saber se estás a viver. Mas ao acordar. Não ao deitar. Não depois de induzido à felicidade. Porque ela não se compra. Constrói-se todos os dias. Dá trabalho e não dá saúde.

Não. Não tinha tomado nada. Estava apenas feliz por estar ali. Com vocês. Para mim chega.

HOPE FOR US ALL...


ESPERANÇA. Há músicas assim. Que nos fazem fechar os olhos e acreditar que podemos ser felizes. Que nos arrepiam cada vez que as ouvimos. Que têm um estranho magnetismo que nos cativa.
Tem muito a ver com as guitarras. Com a voz sussurrada. Com a secção rítimica discreta. O som envolvente que nos faz esquecer muita merda que nos rodeia. E se ela é muita...
Recomendo "sing it out" dos HOPE OF THE STATES. É uma dessas músicas. Uma música que faz a alma libertar-se do corpo e esperar por dias melhores, enquanto o corpo, esse, fica cá em baixo a abanar-se com o balanço do tema.
É uma coisa que me faz lembrar a tristeza que gostava de sentir quando adolescente e que me fazia ouvir música aos altos berros de luz apagada. Momentos que partilhei com os Joy Division, os Bauhaus, os Sisters of Mercy e tantos outros que me conduziam aquele estado de torpor de que sempre gostei.
Bem vindos HOPE OF THE STATES à terra do nunca, onde sou rei e vocês já foram promovidos a bardos oficiais do actual regime. Aqui sou eu que estabeleço as regras e vocês fazem parte do meu grupo. Por isso nada têm a temer. Mesmo que os outros não gostem... aqui sou eu que mando.

sexta-feira, novembro 17, 2006

DESCONFIO...


POIS. A Sara adora ver a "Grey's Anatomy". Confesso que também gosto. Mas é a olhar para fotos como esta que desconfio que ela não vê a série por causa da Meredith Grey... Pois é. Há que reconhecer que o Dr. Sheperd tem muita pinta. Sempre me ensinaram que é importante saber perder. Neste caso, entrego já as armas. Há lutas que não valem a pena...

quarta-feira, novembro 15, 2006

AMOR


PAZ II. São uma delícia. Brincar com eles é esquecer tudo o que está errado e acreditar que o Mundo ainda é um lugar lindo para se viver.

segunda-feira, novembro 13, 2006

BELO FIM-DE-SEMANA

PAZ. Sara. Putos. Mano. Muito bom.

sexta-feira, novembro 10, 2006

TOWER OF STRENGHT

I FEEL. The Mission e Xutos. Foram eles que me fizeram começar a tocar. Foram eles, o Kalú e o Mick, quem mais influenciou o meu estilo de tocar. Nunca me preocupei muito com a técnica. Apenas com a vibe. Gosto que quem toca comigo sinta sempre a marcação. O bombo e a tarola. A magia de sons que, mal ou bem, estão sempre lá. Não gosto de carícias e malícias num baterista. Respeito o estilo e sou capaz de adorar ao vê-los num concerto. Mas é algo que não me faz vibrar. São gostos. Eu gosto mais… à bruta.

Em termos musicais nunca gostei de tecnicistas. Talvez por inveja. Como sei que sou um cepo não aprecio aqueles que são melhores. Mas quero acreditar que não. Gosto de quem sente o que faz em palco. Nesse aspecto, e sendo visualmente e musicalmente super-estimulante, o concerto dos Muse, lotado no Campo Pequeno, acabou por ser superado no meu coração pelo dos New Model Army, no Hard Club. Curiosamente, onde não estavam mais de 200 pessoas. O rock visceral e a garra colocada em palco pelos NMA deixaram-me completamente agarrado. Tanto eu como a Sara passámos duas horas a dançar, no meio de uma dúzia de fãs que vieram de toda a Europa para vibrar como nós. Foi lindo. Há momentos assim. Em que o poder de cinco homens num palco nos transportam a outra dimensão.

Nas várias bandas em que toquei as sensações foram sendo diferentes. Os Kaganisso eram pouco coesos ao vivo. Mas havia dias em que arrancávamos concertos extraordinários. Uma banda feita de altos e baixos, mas com uma front-woman cheia de garra e carisma, às vezes até demais. Nos KD, hoje, a sensação é semelhante. Mais barulho, mais rock, mais velho e cansado, às vezes sem pachorra para carregar a bateria para cá e para lá, mas ainda com dias sim. Curiosamente, o concerto do Bairro, em que todos os elementos tiveram de se revezar para segurar o bombo e com um som miserável em cima do palco, ficou-me cá dentro. Gostei mesmo. Talvez até de forma egoísta. Inventei… e pronto. Sem preocupações. Sem stress. Sem pensar nos outros. As minhas desculpas por isso.

A vida também é vivida um pouco assim. Sempre com paixão. Tento colocá-la em tudo aquilo que faço. Às vezes há recaídas. E falta de tempo para levar a sério os vários hobbies em que me meto. Mas as coisas vão andando. E importante, importante, é o facto de ir passar o fim-de-semana ao Algarve com a Sara e os miúdos. E vou estar com o Jagunço, o que é sempre uma festa. Prevejo mais uma pequena bebedeira. Aliás, um convívio…

A finalizar uma palavra de conforto a todos os benfiquistas. É nestes momentos dramáticos que devemos dar a mão aos nossos amigos. Antes 6 milhões, hoje apenas 160 mil. Cuidado. Podem ser uma espécie em extinção. E depois vamos gozar com quem? Eu vou comprar o kit de sócio. Ouvi dizer que se recebe um bigodinho postiço à Vieira. Ui, ui…

PS: A foto é, obviamente, do Carlos "Australiano" Gonçalves

quinta-feira, novembro 09, 2006

DON´T YOU FORGET ABOUT US...


GOOD NEWS. O site está online em www.karpediem.org , cortesia de David Monge. E há dois concertos para breve. Que pode mais um homem desejar?







Bem, há mais algumas coisas, mas não falemos delas por aqui...

quarta-feira, novembro 08, 2006

MAL ENTENDIDOS


À FLOR DA PELE. Quando se escreve de coração aberto e sem receios correm-se riscos. O último post sobre os KD criou duas vítimas. As minhas palavras não eram para elas. Não lhes peço desculpa porque não considero necessário. São dois amigos que interpretaram mal as minhas palavras. E quando eu escrevia no geral eles particularizaram. Erro meu porque me terei explicado mal. Erro deles porque eu nunca faria acusações destas no blog. Se tivesse de as fazer, faria na cara e eles deviam saber isso. Até porque são ambos muito próximos. Nada que umas cervejas não curem. E uma promessa. Continuarei a ser verdadeiro. Aqui e com vocês. Para o bem... e para o mal. Esta é a verdade...

PS -- E eu gosto mesmo de vocês, parvalhões!

PARA APRECIADORES


MACHINE POWER. Estamos à procura de novos caminhos e com novas apostas. Este festival é apenas uma delas. Para gente de barba rija.

terça-feira, novembro 07, 2006

NOITE BEM PASSADA


COOL. Falta de sexo? Já não se consegue vir? Problemas em fazer a erecção baixar? Temos o remédio para isso. Hot Pussy. Uma banda de covers que garante a sua satisfação. E sei do que falo. Só os vi uma vez e chegou. Ri-me até não poder mais. Atenção ao 'barrasco' do baixista. É o palhaço-mor. Mas o gajo tem mesmo piada. E consta que bebe uns sumos de maçã que lhe dão a volta à cabeça...

OBJECTIVOS... OU NÃO...

POWER. Estamos vivos. Obrigado pela vossa preocupação.

AO VIVO. Os Karpe Diem estão de volta à estrada para mais dois concertos. Como pode ler no post em baixo, dia 30, no Muralhas Bar, em Alcabideche/Estoril e ainda no dia 8 de Dezembro, em Paiol, Alenquer. Dois concertos bons para testarmos uma vez mais as nossas capacidades e, quem sabe, com 'sets' mais curtos dar prestações ainda mais intensas e não tão cansativas para plateias que não sabem bem o que estão a ouvir.

CD. Depois há o disco. Hoje o Paulo dará a conhecer ao resto da banda - eu pelo menos ainda não as conheço... - as novas misturas, que estarão muito melhores do que as anteriores. Óptimo. Porque as primeiras não estão nada de especial e porque o tema disco é já cansativo. Precisamos de atirar este para trás das costas quanto antes e dedicar-nos a algo novo. A reunião com o líder espiritual da banda urge para que se possa definir a nossa vida a breve trecho.

HAJA ALGUÉM. Em relação a management, continua a procura de alguém honesto que esteja interessado em trabalhar connosco. Há já duas hipóteses em mente. Os próximos concertos serão boas oportunidades para essas pessoas nos conhecerem, nos ouvirem e perceberem se querem pertencer a la famiglia. Quanto a agenciamento, para além da AMRA, com quem adoramos trabalhar, pois são quem nos proporciona os nossos concertos mais tesudos, penso que apenas com o disco na mão valerá a pena procurar mais coisas.

AS TRALHAS. Merchandising. A Camila, a companheira do nosso road manager, fez-nos uma proposta irrecusável. Parece-me que os KD só têm a ganhar com a aceitação plena desta aposta de uma das loiras menos loira que conheço. E sou 100 por cento pelas girlie shirts quanto antes. Bem apertadinhas. Para realçar os dotes de que nós tanto gostamos.

O SITE. Caso deseje saber mais notícias dos KD tente consultar em www.karpediem.org Um dia o site voltará a estar online. Quando houver dinheiro para pagar a prestação. Mas vá passando por aqui e por http://fora-de-mao.blogs.sapo.pt Saberá novidades nossas, concerteza. Ou não...

domingo, novembro 05, 2006

KD LIVE

BACK. Lá voltamos nós à estrada. Dia 30 deste mês no Muralhas Bar, em Alcabideche, Estoril. Apareçam. Vamos tentar fazer com que valha a pena.

quinta-feira, novembro 02, 2006

GOTH LIFE

CRUXSHADOWS. São góticos, são bons e vão estar no Culto Club dia 7 de Dezembro. Estes valem mesmo a pena!

http://www.myspace.com/crxshdws

http://www.cruxshadows.com

Um dia antes dos KD em Alenquer...lá vou eu tocar ressacado...

NOVEMBER RAIN

Amor. Vodka. Uma noite sozinha na cama. Mais uma. E o amor dela não estava por ali. Estranha vida esta, em que ela era obrigada a conter-se para não correr para ele. Ele não podia. Tal como ela, casado, com uma vida estável, às vezes estava disponível para uma vida dupla. Mas não mais do que isso.
Ela sabia-o bem. Também ela não estava disposta a abdicar do que tinha. Mas às vezes sofria. A distância. As noites frias. A chuva a bater na janela e a saudade da pele dele esmagada contra ela. Os nervos de o sentir respirar tão perto. Tão forte. E tão longe.
O sentimento de abstinência começa a apertar. Ela sabe que eles vão voltar a estar juntos. Pelo menos, no íntimo, assim o espera. Mas sabe também que nunca vão estar juntos. É isso que a faz recusar. Negar o desejo. Negar a vontade. E beber vodka. Porque se o amor é fodido, o vodka também. E não há nada como o torpor de um orgasmo após uma noite bem bebida. Afinal, ninguém tinha nada a ver com o que ela fazia debaxo dos lençóis. Ele continua longe, ela também. E depois? A vida é assim.

segunda-feira, outubro 30, 2006

CANSADO... MAS FELIZ!

ROCK. Foi uma semana arrasadora. Estou muito, muito cansado. Mas a sensação mais fortes é de satisfação. Auditiva. Adoro música. Posso até ser louco. Mas foi tão bom ver MUSE a 26, NEW MODEL ARMY a 28 e INKUBUS SUKKUBUS a 29. E passar as noites a conversar com as duas últimas bandas. Gentes de Inglaterra, simpáticas e acessíveis, tão diferentes e tão iguais na sua genialidade artística. Na veia de poetas. Nas arrasadoras prestações em palco.

Os NEW MODEL ARMY são uma banda brutal. Um concerto que dava tudo para que os KD tivessem partilhado. Aquilo somos nós quando chegarmos ao nosso melhor. Ou melhor, aquilo é o que nós devíamos tentar alcançar. Baterista fulminante. Baixista fantástico. Guitarras competentes mas não demasiado vistosas e uma presença visceral a lembrar o Paulo Inácio mas com mais voz, mais cantado, mas também gritado, a plenos pulmões, na raiva contra a política inglesa, norte-americana, a globalização e os mercados de capitais. Um concerto essencial a que não assistiram mais de 150/200 pessoas. É verdade. São pouco conhecidos. Não estão na moda. Nunca estarão. Mas são essenciais. Descubram-nos. Eles merecem e vocês também.

OS Inkubus têm uma vocalista cheia de pinta. Que enche o palco. Tem umas pernas fantásticas e voz também. A banda é apenas competente, mas Candia faz valer a pena a experiência. Não apenas pelo apelo sexual, apesar de ter cerca de 40 anos (?) muito bem conservados. Mas porque faz arte. Rock gótico mas com o seu quê de diferente. E depois a conversa pela noite fora, até às 3 da manhã, de experiências de palco partilhadas, de um rio que apaixona, das francesinhas devoradas com vontade ao jantar ou das peripécias de uma banda que tem 12 anos de estrada e ainda não desistiu. A curiosidade de terem gostado mais do concerto no Porto, para 30 pessoas, do que no Culto para 120. Porquê? "Porque sentimos que voltámos às nossas raízes e sentimo-nos bem assim". Gostei de ver. De ouvir. E sei que deixei ali três amigos. Que hão-de voltar um dia para beber mais um copo. Tenho a certeza. E eles também.

Os MUSE são fenomenais. Um concerto extraordinário. O palco incrível. Mas depois de conhecer outros em carne e osso o fascínio é maior. Porque a música são também as pessoas. E estas tocaram-me bem cá dentro.

sexta-feira, outubro 27, 2006

IAN IS BACK... PRAISE THE LORD!


Portugal foi um dos países escolhidos para receber a tournée RIDERS ON THE STORM - a celebração do 40º Aniversário dos DOORS, num concerto único.
Os THE RIDERS ON THE STORM formaram-se em 2002, depois do enorme sucesso de "The Doors Storytellers" produzido para o VH-1/ MTV, no qual Astbury foi um dos vocalista escolhidos para tocar com Manzarek, Krieger e John Densmore, os originais Doors.
Após os concertos memoráveis realizados em 2003 no Pavilhão Atlântico, protagonizados por Manzarek, Krieger e Ian Astbury, no qual marcarampresença mais de 19.000 pessoas, o regresso num espectáculo muito especial de uma das bandas mais emblemáticas do mundo.
Absolutamente imperdível, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, no próximo dia 13 de Janeiro.


PS -- E com o Ian... o melhor vocalista de sempre nos Doors... hahahahaha...

SEM PALAVRAS


ARRASADO. São de outro campeonato. Obrigado Muse. Não me vou esquecer.

quarta-feira, outubro 25, 2006

DA ESQUERDA DESALINHADA

Não resisti. As minhas desculpas...


Os próximos aumentos da electricidade e a política energética das mafias

1 - Aspectos da realidade actual

De acordo com a ladainha da transparência dos mercados e da concorrência, o MIBEL entrou em vigor mas... como é habitual, nestes segmentos que vivem em oligopólio (em português corrente chama-se cambão), os preços da electricidade vão aumentar. Anos atrás a mesma cantata foi ouvida a propósito da introdução do gás natural, mais recentemente o refrão soou a propósito da liberalização dos preços dos combustíveis.

Diz a ERSE que o aumento do preço do petróleo não tem sido reflectido nos preços da electricidade gerando-se um deficit (mais um) tarifário de 421 M euros. Devido ao MIBEL, esses malandros dos consumidores vão deixar de fugir ao pagamento de preços "justos" e portanto, as contas dos "técnicos" da ERSE aprestaram-se a decretar um aumento de 15,7% do preço da electricidade para mais de 80% dos clientes da EDP.

Como se tornou habitual no discurso ideológico neoliberal adoptado pelo mandarinato, a constituição de entidades reguladoras, visa a criação de estruturas técnicas, assépticas, independentes, isentas de instrumentalização do poder político. É o discurso da regulação pelos mecanismos de mercado, em que tudo o que acontece é inelutável, natural, insusceptível de manipulação política, como a sucessão entre dias e noites.

Claro que nada disso é real e acabamos de ver o governo socratóide a intervir para deixar claro que a tal ERSE andava na lua, que a reguladora não tem independência nenhuma e o modelo neoliberal é, portanto um logro. Os socratóides acharam um exagero o aumento proposto pela ERSE e aparecerem a dizer à multidão: roubar sim, mas devagar!

Deve-se sublinhar que o recuo para aumentos de "apenas" 6% não altera qualitativamente a situação de esbulho da multidão. Mantém-se a ideia de onerar a multidão, só que em prestações suaves, pelo que se devem prosseguir com medidas concretas e radicais se necessário, que obriguem a máfia e o capital a reduzir os seus proveitos.

Concerteza que os socratóides sentiram que afectar mais de cinco milhões de pessoas de modo tão gravoso como o propagado pela ERSE, envolvia custos e riscos. Custos de popularidade, decerto, mas também porque o assalto aos rendimentos da multidão poderia conduzir a acções radicais. De facto, os postes e a rede de distribuição constituem alvos fáceis de derrube e de impossível controlo policial e os jornais informam até que ponto a distribuição de electricidade no Iraque é problemática, por sabotagem dos rebeldes.

2 – Como o capital e o seu governo assaltam o nosso rendimento

Sabe-se que a baixa tensão, onde se inclui o consumo doméstico e de pequenas empresas de comércio e serviços representa apenas 43% do consumo de electricidade e que Portugal, na UE-15, é o país com menor capitação de consumo.

Conhece-se também que as empresas grandes consumidoras de energia têm contratos próprios de fornecimento com a EDP ou outras e que os preços nos seus custos não têm subido, a bem da competitividade, está bem de ver, como referiu o comissário Castro Guerra.

E sabe-se ainda que, fruto das recentes quebras no preço, o gasto actual com o petróleo importado é, hoje, claramente inferior ao de meses atrás. No mercado mundial registou-se no dia 20 de Outubro o mais baixo preço do petróleo em 2006 (€ 56) o que corresponde a um custo diário de € 19,6 milhões, contra € 27,5 milhões quando a cotação ultrapassava os € 78 por barril.

Segundo a Deco "as descidas de preços (dos combustíveis) tardam e não acompanham" as dos mercados londrino e nova-iorquino. Isto porque "não existe concorrência benéfica ao consumidor, apesar da liberalização dos preços dos combustíveis no nosso país desde o ano passado".

É sabido ainda que os preços da electricidade em Espanha são claramente inferiores aos que vigoram na faixa ocidental da Ibéria, não sendo crível que o petróleo importado pelos espanhóis seja mais barato que aqui.

Os lucros da EDP no ano passado foram vultuosos e nada têm a ver com a situação de "chapa ganha, chapa gasta" que a multidão encontra todos os dias, tal como a presença nos telejornais de algum mandarim de ar grave a referir dificuldades e a ameaçar com novas restrições e encargos.

Milhões de euros
EDP 2005
Volume de negócios
Resultado líquido
%
Grupo EDP
9677,0
1071,1
11,1
Produção de electricidade - Portugal
1896,6
379,4
20,0
Distribuição de electricidade - Portugal
3767,6
128,7
3,4
Comercialização de electricidade - Portugal
525,0
-71,2
-13,6
Sector Electricidade - Portugal
6189,2
436,9
7,1
Fonte: EDP

Dizem os espanhóis que só se interessam pelos consumidores domésticos portugueses se puderem ter preços livres e não como agora, indexados à inflação, no que serão secundados pelos accionistas da EDP, à beira da indigência, como todos sabemos. Para ilustrar essa penúria, registe-se que a Iberdrola, o segundo maior produtor ibérico, aumentou os seus lucros 25,7% até finais do mês passado.

3 – Trabalho versus capital

Na lógica empresarial e governamental, a energia e o trabalho são custos que interessa minimizar para competir; os lucros, na mesma lógica devem aumentar para que possam ser investidos em novos empreendimentos, inovação, bla-bla, bla-bla.

Se os grandes consumidores industriais podem negociar o preço, escolher o fornecedor e repercutir os custos, os consumidores domésticos não, pelo que serão estes a suportar os aumentos e, globalmente, a assistir a uma redistribuição de rendimentos que, dos seus bolsos se encaminham para os resultados das distribuidoras de energia eléctrica.

Para os consumidores imputam-lhe a aceitação passiva das decisões de um intocável regulador que não elegeram e que não os consulta para nada; ou a decisão paternalista de um governo mafioso. Democracias de mercado são assim.

Quanto ao trabalho, qualquer acréscimo é considerado como obsceno, dada a situação económica portuguesa e lá está o coro dos governos, dos BCE, das CIPs, dos Constâncios, a exigirem contenção salarial que, só magnanimamente, admitem possa compensar a inflação. Aquilo que é "óbvio" para as remunerações do trabalho não é válido para os lucros empresariais.

4 - Notas sobre a política energética implícita na actuação do PS/PSD

Como é habitual cada vez que há alternância no governo entre as Torres Gémeas (PS para PSD ou vice-versa), sempre a situação herdada é apresentada como calamitosa e que é preciso reformas; no entanto, todos os problemas ou a ausência da sua resolução têm o carimbo daquelas duas instituições especializadas em tráfego de influências.

A falta de política energética tem causas pouco abonatórias para a burguesia portuguesa e para os partidos que se revezam no poder há 30 anos, PS e PSD.

· Assim, alegremente, o peso do petróleo e do gás natural no consumo de energia final passou de 57% em 1990 para 65,6% em 2004. Recordam-se as grosseiras trafulhices em torno do aproveitamento do Côa protagonizadas pela EDP no final do cavaquismo. Agora que há apoios comunitários para distribuir, surgem interessados nas eólicas os inovadores empresários do costume, emergindo a propósito acesas disputas de lobbies, mas onde a EDP e os seus parceiros, "surpreendentemente" levaram a melhor.

O amor pelo ambiente e por uma real política de diversificação das fontes de energia conduziu a uma espera de dois anos para a autorização do parque solar em Moura e só recentemente o governo veio a legislar no sentido da incorporação de painéis solares nos novos edifícios, mantendo, no entanto, o IVA a 21% para o equipamento relacionado com a energia solar.

· Para o imobilismo conta muito a punção fiscal. O ISP (€ 3285 M no OE de 2006) adicionado ao IVA incidente sobre os derivados do petróleo constituem uma fonte de receita essencial para os governos, sobretudo numa época de utilização maciça do OE para a redistribuição de rendimentos em prejuizo dos grupos sociais desfavorecidos.

· A especulação imobiliária e financeira dá resultados num prazo mais curto que o investimento na modernização energéticas das empresas que fica adiado e, perante o incumprimento global dos compromissos de redução das emissões poluentes torna-se mais fácil utilizar a macabra transacção de direitos de poluir junto de quem não utiliza esse "direito". É o mercado, sabiam?.

· O desconexo sistema de transportes públicos conduziria a uma melhor mobilidade das pessoas se racionalizado, com um funcionamento integrado e menor custo energético. Para não afectar as empresas de transportes privadas prefere-se aumentar preços, reduzir carreiras e frequências, reduzir a comodidade das pessoas, ignorar as virtualidades do multimodal.

· Políticas de fomento do transporte público não existem. A existirem seria necessário afrontar as Brisas, as Lusopontes, as Bragaparques e combater o estacionamento caótico (que deve, por inédito a nível europeu, constituir atracção turística!)

· O lobby dos vendedores de automóveis não se cansa de gritar contra o IA (€ 1200 M previstos) que encarece os preços e é imensa a importação de veículos mais velhos, mais poluentes, sobretudo para as empresas transportadoras. Assim, o lobby do automóvel, com as Brisas, as petrolíferas e a inércia dos governos constituem os verdadeiros impulsionadores do uso irracional do automóvel (há, em média um automóvel por cada dois habitantes);

· A apetência pelo exibicionismo kitsch gera edifícios como as torres Taveira, nas Amoreiras, em Lisboa ou o mastodonte onde funciona a sede da CGD cujo consumo energético no ano da inauguração era equiparado ao do concelho do Barreiro. Edifícios cheios de vidraças e sem janelas são uma aberração num clima temperado e exigem gastos brutais de energia em ar condicionado o qual se tornou recentemente moda nas residências, para colmatar a má qualidade da construção (dos materiais, da exposição solar...)

· E, para terminar, veja-se quem são os responsáveis pelo consumo de energia e da dinâmica irracional que torna desastrosa a situação actual


1990
1995
2000
2004
Variação 1990/2004 (%)
Consumo de energia final (Mtpe)
12,1
14,2
18,3
19,5
61,2
serviços (%)
6,6
7,7
9,8
12,8
212,5
indústria (%)
38,8
36,6
35,0
33,3
38,3
doméstico (%)
19,8
17,6
15,8
15,9
29,2
transportes (%)
29,8
31,0
36,6
35,4
91,7
outros (%)
5,0
7,0
2,7
2,6
-16,7
Fonte: EDP (adaptação)


PS – Para quem não saiba. A EDP contratou, como assessor do seu presidente, António Mexia, ex-ministro dos Transportes do Santana Lopes o idiota que dá pela última designação, com a remuneração mensal de € 10000. Amor com amor se paga mas quem de facto paga
estas pérolas de gestão somos todos nós.

terça-feira, outubro 24, 2006

BOAS NOTÍCIAS

AH, POIS É. Pode haver aí mais um concerto para os KD para além de Alenquer. Está a ser tratado...

PS -- Confesso que escrevi uma enorme e sentida crítica ao concerto do Bairro. O computador crashou... não me apetece repetir.

quinta-feira, outubro 19, 2006

MOMENTO ZEN

I LOVE IT



SEXO. Sim, acho que a mulher é um bicho fenomenal. Porquê? Não devia?


Desde sempre que gosto de banda desenhada erótica. Acho-a muito mais... enleante do que qualquer ensaio fotográfico. Não tão excitante, é um facto. Mas o mais óbvio raramente é o melhor.


Sempre achei que a mulher que sabe rir, que tem prazer em fazê-lo, é muito melhor cama do que a outra. Não sei. É uma panca como outra qualquer. Como diria o outro, é a verdade que eu sei.


Drunna. Manara. Altuna. Adoro.

STRANGE VIBE

I MUST BE OUT OF CONTEXT. Não, não percebi...

terça-feira, outubro 17, 2006

A VIDA SÃO DOIS DIAS...




AMIGOS. Conheço mais do que uma pessoa que não gosta do trabalho que faz. Aliás, como todos os portugueses, conheço imensas pessoas que não gostam do que fazem. Mas como em tudo, também aqui há que separar as águas. Há quem tenha e quem não tenha razão para isso. Aos que nada me dizem, nada digo. Mas aos que estão mais próximos, e que sei que não gostam e não sentem nada pelo que fazem (e a quem reconheço capacidades para fazer muito mais) deixo um conselho. A vida são dois dias. E sei que é difícil encontrar um emprego decente nos dias que correm. Mas não podemos acomodar-nos. Não podemos ficar... porque sim. Há que procurar e tentar algo melhor. Como dizem os anúncios, a vida é demasiado curta para termos o emprego errado.

sábado, outubro 14, 2006

A TUA AMIGA


MARIA, A TERRÍVEL! Confesso. Há momentos em que a acho genial. Hoje voltou a surpreender-me. Obrigado por me fazeres rir. Adoro o teu projecto. Os meus parabéns!

"Maria, gostas mesmo de mim?"
"Errrr... gosto, caralho, que pergunta."
"Mas mesmo mesmo?"
"Aaarrgh, já disse que sim."
"Então beija-me fofinha! Dá-me um beijo!"
"Oh pá isso não pá, beijos agora não."
"Mas porquê? Dá-me um beijo amori!"
"Não dou, não dou, foda-se. Eu nem devia tar aqui a foder contigo."
"Humpf"

Para quem ainda não conhece o fantástico blog da Maria, aqui fica a sugestão:
http://atuaamiga.blogs.sapo.pt/

Atenção a esta mulher. Ela vai dar que falar. E ainda bem.

sexta-feira, outubro 13, 2006

ESFORÇO, DEDICAÇÃO, DEVOÇÃO E GLÓRIA


HONRA. Os KD são uma família bem curiosa. Um corpo estranho que se toca das mais variadas formas. Mas há um elemento que merece homenagem. Por tudo. Um abraço. Leonino. Porque com tanto esforço, dedicação e devoção, ninguém mais do que tu merece a Glória.

WHEN YOU'RE YOUNG


THE KILLERS. Quando for grande quero ter uma banda a soar assim. Grandes malhas, grande visão melódica, uma voz brutal. A sensação de que podem chegar onde quiserem. Grande single. O álbum está aí. Eu... sou fã. Este som faz sonhar...

terça-feira, outubro 10, 2006

PORTO DE ABRIGO


A VIDA É BELA. Num mundo tão difícil como aquele em que vivemos hoje, cada um de nós adopta a melhor forma possível para resistir a uma pressão que está em todo o lado. Seja do consumismo, do capitalismo selvagem, da falta de condições de vida, problemas de saúde, sei lá... uma mão cheia de factores que parecem estar aí ao virar da esquina para nos tirar a paz de espirito e fazer com que não consigamos ser felizes.
Eu refugio-me. Não sou tão corajoso como gostava de ser. Luto por coisas em que acredito e que desejo, mas não me envolvo demasiado. Em termos políticos vivo um pouco à parte. Em termos sociais idem aspas. Deixo cair a capa apenas perante os mais chegados. Ou perante os meus verdadeiros interesses, que não económicos ou de subsistência, mas a que aprendi a dar importância.
Por isso parece-me que hoje em dia é de vital importância todos nós sabermos encontrar os nossos portos de abrigo. Eu sei onde estão os meus e utilizo-os frequentemente para encontrar o meu ponto de equilíbrio. São egoístas em termos sociais e servem para me esquecer que há demasiada merda neste mundo, mas são também a maneira que encontrei para não tentar a constante explicação para factos com os quais não consigo lidar. Aquelas coisas a que hoje ninguém liga nenhuma e que quando são faladas somos olhados como aquele estúpido idealista que não percebe o mundo em que vivemos. Coisas tão mesquinhas como a morte de 30 iraquianos por dia desde a ocupação norte-americana, a morte de millhares de crianças por dia devido a subnutrição e maus tratos e tantas outras que diariamente dão tanto trabalho a afastar de dentro de mim.
Gostava de ser um filho da puta insensível que não se sentisse minimamente tocado com estas merdas. Era muito mais feliz e tinha muito menos problemas. Engordava apenas os putos que tenho cá em casa e vivia muito feliz ainda que não para sempre. Não consigo. Assim sou apenas mais um alienado que se preocupa mas não faz nada em relação a isso. Paz à minha alma. E às vossas.

segunda-feira, outubro 09, 2006

NÓS SOMOS ASSIM


AS NOSSAS DESCULPAS.
O concerto dos KD no Coliseu do Porto foi tão poderoso que deixou o público à beira da histeria. Por isso fomos obrigados a encurtar a nossa actuação. Na foto, duas amigas nossas a tentarem recompor-se do show dos "famous five". Depois confortámo-las no camarim, pois estamos sempre preocupados com a saúde do público. Dos 7 aos 77, com especial incidência entre os 17 e os 37...

domingo, outubro 08, 2006

TOP-SECRET


CHIU... Chegou-nos aos ouvidos e temos informações fidedignas de que se passaram coisas muito graves no camarim dos Karpe Diem no Coliseu do Porto. A acusação vai ser feita porque existem provas. Apesar de casados e pais de filhos, os elementos dos KD despacharam três gajas em pleno camarim. O rumor andava por aí. Aqui fica a prova. O pânico. O horror....

MISSÃO CUMPRIDA


POWER. Não, não foi dos nossos melhores concertos. Confesso que parece-me que não está, sequer, no top 5 das nossas melhores noites. Mas estamos mais adultos como banda. E isso permite-nos ficar satisfeitos com outras coisas. Com o facto de pisarmos pela primeira vez o palco do Coliseu do Porto. De o fazermos com a banda que nos permitiu a concretização do sonho – obrigado, UHF – e também com a boa recepção de um público que provavelmente nem sabia que íamos subir a palco.
Pessoalmente fiquei satisfeito por gostar de ter tocado, apesar de ter tocado mal. Para mim esta sensação é nova. Confesso que, apesar de ser um baterista bruto e sem técnica, gosto que as coisas corram bem lá em cima. Nesse aspecto sou mesmo um bocado 'careta'. Mas no Porto as coisas não me correram bem e mesmo assim consegui dar a volta e ficar satisfeito pelos sorrisos de alegria na cara dos irmãos KD. Gosto de os ver assim. Felizes. O Paulo estava em delírio (a queda merecia passar no Isto só vídeo ou na K7 pirata...), o Monge satisfeito com o geral, ele que deu um belíssimo concerto, o Moás meio cá, meio lá, parece-me que não tão contente e o Fino em êxtase só dizia: "Epá, eu acho que esta foi a minha melhor performance". Atenção, performance. O home speak english...
Mais a sério. Não foi uma noite como as outras. Foi melhor. Para nós foi um acontecimento. Para os que gostam de nós também. Houve mesmo quem nos acompanhasse nesta aventura. Porque há alguns que percebem como pode ser importante para amadores como nós pisar palcos como este. Muitos amigos. A minha família mais próxima. A presença da Sara, Tomás e Vicente foi extremamente importante. Tornou aquilo em algo verdadeiramente especial. E gostei de ver lá a Raquel, a Elsa, a Célia, o dr. Bernardo, entre outros.
Uma palavra de apreço para os nossos incansáveis Henrique e Carlos Sousa. Estão em alta. São amigos e ajudam em tudo o que podem. Que mais se pode desejar?

PS – Faltou o australiano, mas as razões dadas são fortes. Foi pena. Ele teria gostado. E nós também.

PS1 – Obrigado também ao António, a quem o Moás manda um especial abraço, pelo empréstimo da Kangoo.

sexta-feira, setembro 29, 2006

MAIS UM GRANDE PALCO


I LOVE THIS GAME!. A 5 de Outubro vou ter a oportunidade de pisar mais um grande palco do nosso país. Curiosamente, o trabalho é tanto que ainda não consegui sentir nada de especial em relação a isto. Sei que é bom, que estou feliz, mas não tanto como pensava. Ainda.
O facto de o fazer com os KARPE DIEM não deixa de ter piada. As minhas expectativas em relação à banda nunca foram altas. Mas é um facto que a nossa relação próxima com os UHF nos tem permitido experiências para mais tarde recordar. E que temos melhorado muito com o tempo. Vamos ver onde isto nos vai levar. Entrei para os KD a convite do Moas e porque achei que eles eram uma família porreira, responsável, que me ia permitir continuar a tocar sem me chatear muito. Hoje temos marcado o Coliseu. E músicas que me dão orgulho tocar. Prazer, então, nem se fala. Tudo aquilo que fazemos com paixão só pode melhorar. Às vezes tenho pena de não ter tempo para também eu poder progredir. Mas começa a ser tarde. E a minha vida não é isto. Este é, sim, o hobby da minha vida. Os KD que me perdoem. Dificilmente virei a ser melhor. Como diz o outro. What you see is what you get...

A brincar, a brincar, depois do Coliseu, dos palcos todos que queria pisar em Portugal, fica-me a faltar apenas o Pavilhão Atlântico. Não é nenhuma obsessão. Antes pelo contrário. Gosto mais de concertos como os do Culto, em nome próprio, intimistas, do que primeiras partes propriamente ditas. Mas a verdade é que abrir para públicos maiores do que estamos habituados aumenta sempre a adrenalina. E ambientes como o que vivemos com os Mission no Hard Club são diferentes. Não há nada como tocar para públicos que sabem o que estão a ouvir. Que estão habituados a ser confrontados com novos projectos. Quando consegues conquistar um público assim, é porque algum valor deves ter.

Aula Magna. Grande Auditório do CCB. Pequeno Auditório do CCB. Johnny Guitar. Hard Club. Expo. Festivais. Agora o Coliseu. Entre muitos bares, festas populares, festas de amigos e pátios de liceu. Muitos concertos, muitas noites de copos, muitas bandas diferentes. Mais. Muitas horas roubadas à família. Muitas correrias depois de sair do jornal. Muitos atrasos que os KD são obrigados a perceber. Muitos sacrifícios em nome do Rock. Sacrifícios? Não, não é verdade. E quem me conhece, a Sara, por exemplo, sabe que (felizmente ou infelizmente) para mim é tão importante duas horas de ensaio que me permito estragar todo e qualquer fim-de-semana em família para poder dar um salto à combola do rock, como lhe gosta de chamar o nosso Zé Pedro.

Olho para trás e vejo que já passei por algumas bandas. À memória vêm sempre os Kaganisso. É óbvio. Por alguma razão gosto do Rui como de um irmão de sangue. Foram passados aí alguns dos melhores anos da minha vida. Os da irresponsabilidade total. Que saudades.

Mas houve também os Som Rebelde. Os Cello. Os Kaganisso já com o Cassapo na voz, que nunca saíram da garagem. Os Blue Angels, com o Careca, para a obtenção de um contrato discográfico. Os ensaios com o pessoal dos Tom Cat. Os ensaios e concertos com os Nau Frágil, de Almada. (Onde andas tu, Pedro?). As experiências rock com o grande João Pedro dos Culatra. Os ensaios e o concerto na Aula Magna com o Chico Mendes, o Pernes e o Marco, lembro-me agora... hehehe. E os concertos com os Ibauty - seria assim que se escrevia? Que noites. Que dias.



KD - 5 de Outubro - Coliseu do Porto. 1.ª parte dos UHF

segunda-feira, setembro 25, 2006

NOVO BLOG


NEW. Meus caros, aderi a um novo blog que vai falar de... não sei bem de quê. Das noites no Culto, das noites de Culto, das noites da nossa vida. Copos, vivências e quejandos. Só para quem gosta de... copos e de amigos. Para todos os que passam por aqui, portanto. A ver em...

http://culto-club.blogspot.com

PS - Atenção, o companheiro de luta será o Jagunço... ou seja, espera-se o pior. Bebedeiras, muitas, claro.

sábado, setembro 23, 2006

BOA SORTE!


UHF. Uma das bandas históricas do nosso país toca hoje à noite no Coliseu de Lisboa. Um prémio merecido para uma formação que vai para a estrada com alma de rock e dá tudo o que tem em palco. Tenho pena de não poder estar presente, mas estarei... em espírito. Boa sorte aos Antónios, ao Nando e ao Iván. Porque eles merecem. E nós tembém. Um grande abraço!

quarta-feira, setembro 20, 2006

OBRIGADO

AMIZADE. É bom ter amigos assim. É bom ter amigos que apesar de serem figuras públicas não nos esquecem. E que tratam os nossos assuntos como se eles fossem tão importantes como os outros. Os que realmente os preocupam. Sabe bem. Pois é, Moás, a resposta já cá está. Tu também mereces.

"Hi Bernardo,

It was really good to see you last week in Madrid. Thank you for coming all that way...
I heard from Graham that you all had a good night drinking in a bar until 4am... And you must've been really happy the next day when Sporting beat Inter... I thought of you when I heard that score...
OK, I've had a listen to your CD... For what it's worth here are my thoughts as you asked for..."

O resto, claro, só diz respeito ao Karpe Diem. Thanks.

terça-feira, setembro 19, 2006

TRISTE SINA


EXAGERO. Pode ser. Mas às vezes parece verdade. Não é, porque nos Estados Unidos existe uma imensa minoria que não é assim e que também odeia o Bush. O actual estado de coisas leva a pensar. E a desesperar. As notícias das mortes no Iraque e no Afeganistão já nem nos levam a parar. E acontecem todos os dias.

quinta-feira, setembro 14, 2006

ELES EXISTEM








GÉNIOS. Confirma-se. Eles existem. Muitos vão trabalhar para o mundo da publicidade. São artistas de excelência que passam ao lado do reconhecimento público. Felizmente encontram-no nas contas bancárias e no seu meio. Mas obras destas merecem homenagem. Esta, pequena, é para eles.

quarta-feira, setembro 13, 2006

BACK IN ACTION


HEROES. Talvez inspirado pela visita a Madrid, ou apenas porque sim, acho que heróis são aqueles que conseguem passar pela vida sabendo tirar dela o maior prazer possível. Por sorte, por convicção, porque a vida é assim. Naturalmente, esta é a perspectiva de um europeu com vida familiar organizada, salário digno, emprego, etc... Provavelmente não é perspectiva possível para um africano, sul-americano ou mesmo asiático explorado, vivendo em situações abaixo do degradante, em que a única alegria do dia, se calhar, é estar vivo. Ou nem isso.
Estas mini-férias foram sensacionais. Como dizia ao Moás na viagem a Madrid, sei que hoje por hoje sou um homem de sorte. Foram 12 dias de sonho. 10 passados em família, fantásticos para matar as saudades da Sara e dos miúdos, num Algarve ainda cheio de segredos e pequenos prazeres para quem os sabe procurar. Depois uma surtida a Madrid para ver mais um concerto do Wayne. Aí, se bem que o convívio com o homem e as (muitas) cervejas bebidas tenham sido de um prazer sublime, o melhor foi ver o sorriso na cara de um menino que parecia estar a viver um sonho no backstage da Sala Caracol. Sim, foi bom ver aquele brilhozinho nos olhos. E a alegria pela foto. Para mim, o ponto alto da viagem.
A amizade recomeçada com o Manuel (Manollo ou Almanzora para os amigos) e a iniciada com o Graham – mais um fanático pelo Liverpool – valeram por isso mesmo. Não há muitas coisas melhores do que partilhar noites de copos e conversa com amigos. De sempre ou ocasionais. Aquele indescritível bar em Atocha deu para tudo. E como se falou de bola...
O regresso foi coroado com uma ida ao estádio de Alvalade para ver os nossos putos darem uma lição ao Inter. David e Golias novamente em exibição num relvado perto de si. Tenho muitos amigos naquele clube. E gosto de os ver vencer. Por tudo.

PS – Heroes porque a colectânea comprada em Madrid serviu para reviver antigas memórias. E porque há mais um fã de Bunbury (um génio da música) pelas terras do Barreiro. E porque Heroes somos nós. Os felizardos que não têm medo de viver.

quinta-feira, agosto 31, 2006

CRAZY BASTARD


BOM DIA. Hoje sou capaz de ir por som ao Culto. Gosto. Tenho saudades. E é sempre bom ouvir música alta. Mas há mais. Também vou ensaiar. E isso é que são boas notícias. Vitais mesmo. Porque tocar bateria é... tão natural como a sua sede.
Às vezes fico surpreendido com a minha própria pachorra. E resistência. Hoje vou trabalhar pelo menos oito horas, depois vou ensaiar mais duas e a seguir vou para o Culto. Sim, eu sei. Quem corre por gosto não cansa. Mas isso era o que me diziam os meus pais quando eu era puto. E era verdade. Mas hoje olho para o lado e vejo que mais de metade dos meus amigos prefere ficar de dedos nas pantufas e a ver televisão no sofá. Podem também dizer que gostam mais de estar com a família e com os filhos do que eu. É uma perspectiva. Acredito que não é verdadeira. Mas pode ser. Quem sou eu para saber a realidade.
Tenho a felicidade de ter uma mulher que sabe como são importantes para mim estes "comportamentos desviantes". Os putos, esses, já aprenderam a viver com o pai que têm. Que lhes dá tudo quando está. Mas precisa de escapes. Não deles. Mas de sentir... porque não dizê-lo... uma tesão constante pela vida. Não gosto de ficar parado. E a música é muito para mim. Não é tudo. Mas anda lá perto.
A propósito, estou a pensar ir ver o Wayne Hussey a solo em Madrid no dia 11. De carro, que o avião abana muito. Tenho lugares vagos. Se alguém quiser vir... diga.

PS -- Sim... estou a morrer de saudades deles.

sábado, agosto 26, 2006

A NOITE


HÁ DIAS ASSIM. No final deste concerto parecia uma virgem com o período. Como dizia a Xana há alguns anos: "Há dias assim". Pois é confirmo. E há fotos que nos tocam. Estes momentos são fabulosos. Mesmo que de dia e perante meia dúzia de gatos pingados. Afinal, o Antarte é um sítio onde nos sentimos bem, somos bem tratados e revemos amigos. Estas fotos devo-as todas... ao suspeito do costume. Um abraço, australiano!

quarta-feira, agosto 23, 2006

FAMÍLIA KD


OBRIGADO. É por momentos como este que gosto de tocar. Não é só o palco e o momento em que pensas que és um grande herói porque estás a dar um concerto. Não é só a tesão de sentir a música a correr nas veias. O baixo do Fino a marcar o compasso, a guitarra do Moás a ganir, ver o Monge a entreter a malta ou o Paulo a gritar como se não houvesse amanhã. É também porque na estrada se constroem sonhos e amizades como em mais lado nenhum. Porque a solidariedade não é palavra vã e há amigos capazes de despir a camisa para dar uma ajuda. Porque há pessoas que se privam de estar com os filhos e com os seus para ouvir e bater palmas a uma banda que pode não ser grande coisa mas é genuína. E o que tem não lhe foi dado por ninguém. Foi pago com sangue, suor e lágrimas. A foto aqui em cima, aconteça o que acontecer no futuro, próximo ou longinquo, é de um grupo de pessoas que só se pode orgulhar do que fez até hoje. Não são filhos da mamã, a quem o dinheiro cai do céu e a vida são só facilidades. Há muito trabalho por trás de tudo isto. Muitas horas em que os filhos ficaram sozinhos, a mulher a olhar de soslaio porque há outro amor na nossa vida. Há, é verdade. E nós não seremos felizes se não as enganarmos com umas idas à garagem. Muitas delas já perceberam que não podem combater este vício. Porque já perceberam que há pouca coisa que faça estes trintoões, alguns barrigudos, a levantar o cú do sofá. Mas pela música vamos onde for preciso. De Vila Real de trás-os-montes a Vila Real de Santo de Santo António. E isso que dizer que não há nada que possa apagar este amor que corre dentro de nós. Por tudo isto e por tantas outras coisas que ficaram por dizer, o meu obrigado ao Paulo, ao Monge, ao Moás, ao Fino, ao Carlos Gonçalves, ao Carlos Sousa, ao Henrique e à mais recente adição a esta família de viciados: o Paulo "Grants" Ferro.

SANGUE, ROCK E LÁGRIMAS


COMENTÁRIOS... para quê?

terça-feira, agosto 22, 2006

REFORÇO


A RIPAR. Continuam as negociações para que as Strippers de Lousada acompanhem os KD na próxima digressão. Na foto, Maria, uma russa de tirar o fôlego aos mais incautos, diz que está muito entusiasmada com a perspectiva de acompanhar na estrada "uma das mais poderosas bandas do rock nacional". Há quem diga que ela também ficou encantada com o cavalheirismo do baterista, mas fontes próximas do processo garantem-nos que isso não passam de invenções de mentes torpes envolvidas no processo. Naturalmente, o team KD está a desenvolver todos os esforços para garantir este importante reforço para a longa e desgastante campanha que se aproxima.

REI ARTUR

YES. Hoje é dia de festa. O meu melhor amigo foi pai. Parabéns a ele e à Sara. Uma criança de Culto.

PARA INGLÊS VER


LINDOS. Houve quem não lhes achasse muita piada, mas para mim foram um dos pontos altos de Paredes de Coura. Os fãs dos Cramps. Deram um colorido diferente ao recinto e ninguém lhes ficou indiferente. Uns mais engraçados do que outros. Na foto uma DJ da nossa praça, que até costuma pôr som no Culto. Obviamente, o Rui Punk veio-me à memória.

segunda-feira, agosto 21, 2006

CRAMPS


LENDAS. Chamam-se The Cramps e deram um dos concertos mais curtidos que já vi. Confesso que musicalmente não são bem a minha onda. Não morro de amores por Rockabilly. Mas a verdade é que a sensação de estar a ver lendas da música contemporânea, misturada com a dose de profissionalismo e muita loucura colocada em palco deixou-me rendido. Algumas músicas boas, mas acima de tudo uma performance inesquecível, fizeram com que este fosse um dos grandes concertos de Paredes de Coura. O líder e vocalista é completamente passado. Mesmo. Fez de tudo um pouco. Chegou a temer-se que fosse electrocutado ou que viesse parar cá abaixo. Ma~s não. Correu tudo bem. E sairam debaixo de uma enorme chuva... de palmas. Merecida.

domingo, agosto 20, 2006

MADRUGADA SANGRENTA



MADRUGADA. Sim, têm um som e um estilo que não é para todos. O facto de uma banda norueguesa escolher este nome, por si só, merece admiração, mas aquela voz e aquela guitarra valem ouro. Pena não ter lá estado o homem do buço molhado. Ia gostar. O puto do Algarve também, mas esse agora nunca está presente... hehehe

HAPPY IN COURA 2


SHLURP. Hum... nada mau? O que é? Um caipirão. Bom, fresquinho, com o doce do Licor Beirão cortado pela orgânica da normal caipinha. Fez sucesso em Coura. Foi obrigado a fazer o sacrifício de beber alguns. Poucos.

Happy in Coura


MOMENTOS. Há dias assim, momentos assim, felizes e inadiáveis, que marcam a vida de uma forma ou de outra. Amigos que nos acompanham em aventuras, em fugazes dias de felicidade bem acompanhada. Em Paredes de Coura foi assim. Quem esteve gostou e divertiu-se. Porque o local é lindo. As bandas de bom gosto e a companhia óptima. Como não gostar? Como não ser feliz?

sábado, agosto 19, 2006

OI


DE VOLTA. Sim, após 18 dias de sonho. Passaram demasiado depressa. Desde os fantásticos dias passados com a família ao brutal festival que se viveu em Paredes de Coura. Voltarei a escrever... quando estiver restabelecido. E sim, é verdade. Os !!!, os Cramps, os Bloc Party e o Morrisey foram fantásticos. Escusado será dizer que os maiores continuam a ser... BAUHAUS.

PS - Tenho saudades dos KD. E pena que não tenhamos estado juntos em Coura. Era bom para todos. Então em cima do palco... que os Madrugada pisaram...Ui...

sexta-feira, julho 28, 2006

Ui...

GOSTO. É tão bom ganhar ao Benfica. Não é? Grande sabonete, dasse...

quarta-feira, julho 26, 2006

A PEDIDO DE VÁRIAS FAMÍLIAS II



Para encerrar as fotos das nossas amigas - e não coloco outras aqui porque podia haver pessoas que não achassem piada... - e apenas para tentar corresponder ao pedido de alguns amigos. Que gostavam de ter conhecido "in loco" as nossas amigas. Como dizíamos num post há algum tempo: quem está, está. Quem não está, estivesse. Atenção, não quero dizer com isto que as moçoilas fossem de tirar a respiração. Não eram. Foram apenas uma pequena parte de mais uma grande noite dos KD. Mas já agora, a quem interessar, de vermelho é a Nicole, brasileira. Vestida com...he... bem, sem nada é a Maria, da Rússia. Talvez ao contrário do que as fotos sugerem, deixo a minha opinião. A menina russa era uma bomba em termos de sensualidade. Não bonita. Quente. A outra... pura e simplesmente não faz o meu género. Até porque eu é mais loiras.